MADRID 11 mar. (EUROPA PRESS) -
Cerca de sete milhões de pessoas na Espanha, ou seja, entre 10% e 15% da população, sofrem de doença renal crônica (DRC), mas apenas 10% das pessoas que sofrem dessa doença em seus estágios iniciais sabem que têm essa patologia.
É o que afirma o documento 'Doença renal crônica e sua situação na Espanha', promovido no âmbito do Dia Mundial do Rim, comemorado nesta quinta-feira pela Fundação de Ciências da Saúde, que visa responder às principais dúvidas de profissionais e pacientes.
De acordo com o relatório, a DRC não é tão conhecida como a insuficiência cardíaca ou o diabetes, mas atualmente é muito prevalente e os números, tanto no mundo quanto na Espanha, são alarmantes, com consequências significativas em termos de risco cardiovascular, mortalidade e custos de saúde.
Os fatores de risco para essas patologias incluem hipertensão, diabetes mellitus, obesidade e idade avançada. A DRC pode levar à DRC avançada (DRCA), em que a substituição da função renal é necessária, seja por procedimentos de diálise ou por transplante renal.
O custo da terapia de substituição renal é estimado em 3% de todo o orçamento da saúde e representa um custo econômico para o sistema de saúde não inferior a 35.000 euros por paciente por ano.
UM IMPORTANTE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Os especialistas responsáveis pelo documento enfatizaram que a doença renal crônica é um importante problema de saúde pública que exige uma abordagem multidisciplinar, dada a sua alta prevalência e a possibilidade de evitar sua progressão.
Nesse sentido, a detecção precoce e o encaminhamento adequado de pacientes com DRC para a nefrologia melhoram a morbidade em longo prazo e reduzem os custos tanto para o paciente quanto para o sistema de saúde.
Como a DRC é geralmente assintomática até atingir estágios muito avançados, eles pediram que os não nefrologistas fossem conscientizados da necessidade de triagem precoce com um exame de sangue para medir a creatinina e estimar a taxa de filtração glomerular e uma determinação da albuminúria.
Dessa forma, a estreita colaboração e a coordenação entre a atenção primária (AP) e a nefrologia podem melhorar o atendimento e o prognóstico da DRC, disseram eles.
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