MADRID 21 nov. (EUROPA PRESS) -
A Associação Nacional de Empresas de Saúde Ambiental (ANECPLA) advertiu que, até a semana 35 deste ano, a Espanha registrou 155 casos a mais de legionelose do que no mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de mais de 13%, de acordo com o Relatório Semanal de Vigilância Epidemiológica publicado pelo Centro Nacional de Epidemiologia (CNE).
O presidente da ANECPLA, Sergio Monge, disse que a tendência de aumento "é preocupante" e pediu uma ação preventiva. "A legionelose é uma ameaça silenciosa que exige ação preventiva constante, especialmente em instalações que lidam com água quente, torres de resfriamento ou sistemas de ar condicionado, onde a bactéria 'Legionella' pode se proliferar facilmente", explicou.
A Legionella' é uma bactéria que habita ambientes aquáticos, tanto em ambientes naturais quanto em sistemas criados por humanos. Entre as 48 espécies identificadas desse gênero, a "Legionella pneumophila" é responsável pela legionelose, uma infecção respiratória que se manifesta na forma de pneumonia com febre alta. Na Espanha, sua incidência é estimada em três casos por 100.000 habitantes, o que equivale a cerca de 1.000 casos por ano.
Monge disse que o principal risco é para pessoas com mais de 60 anos, fumantes e pacientes imunocomprometidos. Por isso, ele pediu que as pessoas verifiquem todas as instalações que precisam de água, como torres de resfriamento, spas, jacuzzis e até mesmo os nebulizadores instalados em terraços de bares ou lavagens de carros, para garantir que sejam mantidos em boas condições. "Se isso não for feito, as consequências podem ser graves", enfatizou.
A ANECPLA pediu aos proprietários de instalações, gerentes, profissionais do setor e administrações públicas que sigam uma série de medidas que consistem, em primeiro lugar, em evitar condições ambientais que favoreçam a colonização, a multiplicação e a dispersão da Legionella. Essas condições são temperaturas entre 25-45ºC, adequadas para seu crescimento, estagnação da água e acúmulo de substratos ou produtos que possam servir de alimento.
Além de realizar a limpeza e a desinfecção das instalações em risco, tanto no momento de sua colocação em funcionamento quanto periodicamente, ele recomendou que essa manutenção seja feita por empresas profissionais autorizadas e registradas no Registro Oficial de Estabelecimentos e Serviços de Biocidas (ROESB). Ele também recomendou o cumprimento das normas vigentes, em referência ao Decreto Real 487/2022 e ao Decreto Real 614/2024, com uma visão preventiva real, não apenas formal, por parte dos proprietários e usuários.
Por fim, solicitou o treinamento contínuo da equipe técnica, a conscientização dos gerentes das instalações, a colaboração público-privada e a coordenação entre as empresas de saúde ambiental e as autoridades de saúde.
"A água que usamos todos os dias - em hotéis, hospitais ou prédios de escritórios - não é segura por padrão. A legionelose tornou-se um desafio crescente para a saúde pública na Espanha", disse Sergio Monge. "É por isso que a ANECPLA está pedindo que a manutenção profissional, a vigilância sistemática e a ação preventiva sejam a norma, não a exceção. Toda instalação com água em circulação é uma fonte potencial de risco se não for gerenciada corretamente", acrescentou.
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