MADRI 10 nov. (Portaltic/EP) -
O carregamento rápido não degrada a bateria dos smartphones mais do que o carregamento lento, como foi demonstrado em um teste de dois anos que desmente um dos mitos mais comuns sobre essa tecnologia.
O carregamento rápido ajuda a reduzir o tempo de carga de uma bateria, mas muito calor é gerado durante o uso, o que tem um impacto sobre esse componente. Isso ocorre porque as baterias dos smartphones são feitas principalmente de íons de lítio, que são muito sensíveis a variações de temperatura e podem se degradar quando a temperatura está alta.
Em outras palavras, o carregamento rápido, ao gerar mais calor, danifica a bateria, fazendo com que ela perca capacidade com o tempo. Por esse motivo, geralmente recomenda-se usar um carregador mais lento, de 5 watts, se o celular for ficar conectado à rede elétrica por muito tempo, ou não carregar a bateria mais de 80% ou deixá-la descarregar completamente antes de carregá-la novamente.
No entanto, os especialistas em tecnologia do canal do YouTube HXT Studio colocaram esse fato à prova com uma análise que abrangeu dois anos e 40 telefones, ou seja, os modelos iPhone 12 e iQOO 7.
Os testes envolvem diferentes formas de carregamento: um com carregamento rápido, com modelos carregados a 20 watts e outros modelos a 120 watts; outro com carregamento lento, a 5 watts e 18 watts; um terceiro grupo que foi carregado com carregamento rápido a 30% e 80%; e um grupo de controle que não foi carregado por seis meses.
Os especialistas mediram a capacidade de carga dos smartphones antes e depois dos testes e descobriram que, após 500 ciclos de carga, a degradação entre os iPhones dos grupos de carga lenta e de carga rápida era semelhante: o primeiro perdeu 11,8% da capacidade e o segundo 12,3%, uma diferença de 0,5%. No Android, os telefones de carregamento lento sofreram uma degradação de 8,8% e os de carregamento rápido, de 8,5%, uma diferença de 0,3%.
No teste que carregou apenas 50% (entre 30 e 80%), a degradação detectada foi menor: no iPhone, 4% da capacidade com carga rápida e 6% no Android, com uma diferença de 2,5% entre os dois sistemas operacionais.
Esses testes levaram a empresa a afirmar que a carga rápida não degrada a bateria mais do que a carga lenta e que manter os níveis de carga entre 30 e 80% ajuda a manter a qualidade, mas não evita a degradação total.
Por outro lado, eles realizaram outro teste para mostrar se carregar a bateria até 100% também causa danos à bateria. Nesse caso, eles dividiram os telefones em três grupos: um que foi deixado a 1%, outro a 50% e um último grupo com os telefones conectados a 100%. Após uma semana, eles não detectaram nenhuma alteração na capacidade da bateria.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático