MADRID 12 dez. (EUROPA PRESS) -
O observatório espacial de raios X XMM-Newton da Agência Espacial Europeia observou o cometa interestelar 3I/Atlas por cerca de 20 horas. Durante esse tempo, o cometa esteve a uma distância de aproximadamente 282-285 milhões de quilômetros da espaçonave.
O XMM-Newton observou o cometa com sua câmera EPIC (European Photon Imaging Camera) -pn, sua câmera de raios X mais sensível, informou a ESA.
A imagem capturada mostra o cometa brilhando com raios X de baixa energia: o azul marca o espaço vazio com muito poucos raios X, enquanto o vermelho destaca o brilho de raios X do cometa.
Os astrônomos esperavam ver esse brilho porque, quando as moléculas de gás que emanam do cometa colidem com o vento solar, elas produzem raios X.
Esses raios X podem ser provenientes da interação do vento solar com gases como vapor de água, dióxido de carbono ou monóxido de carbono, gases que telescópios como o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA e o SPHEREx da NASA já detectaram.
Entretanto, eles são excepcionalmente sensíveis a gases como o hidrogênio (H2) e o nitrogênio (N2). Esses gases são praticamente invisíveis para instrumentos ópticos e ultravioleta, como as câmeras do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA ou do JUICE da ESA.
Isso torna as observações de raios X uma ferramenta poderosa. Elas permitem que os cientistas detectem e estudem gases que outros instrumentos não conseguem detectar facilmente.
Vários grupos de cientistas acreditam que o primeiro objeto interestelar detectado, 1I/'Oumuamua (encontrado em 2017), pode ter sido feito de gelo exótico, como nitrogênio ou hidrogênio.
Embora o 1I/'Oumuamua esteja muito distante agora, o 3I/Atlas apresenta uma nova oportunidade de estudar um objeto interestelar, e as observações de raios X complementarão outras observações para ajudar os cientistas a descobrir do que ele é feito.
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