MADRID 10 nov. (EUROPA PRESS) -
As autoridades sanitárias anunciaram nesta segunda-feira que o Canadá perdeu seu status de país livre de sarampo devido ao surto que começou há um ano e que até agora deixou mais de 5.000 casos.
"A transmissão endêmica do sarampo foi restabelecida no Canadá. Como resultado, a região das Américas perdeu sua certificação como zona livre de transmissão endêmica do sarampo", disse o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa.
Durante sua intervenção, ele enfatizou que a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação para a Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita "usa critérios muito objetivos" para concluir que um país perdeu seu status de livre do sarampo.
"Se um país tiver mantido a transmissão por mais de 12 meses, considera-se que a transmissão do sarampo foi restabelecida (...) Quando um país perde a certificação, toda a região perde a certificação. No entanto, deve-se observar que todos os 34 países das Américas mantêm sua certificação como países livres do sarampo", explicou.
Barbosa lembrou que, embora "essa perda represente um retrocesso, ela também é reversível". "Até que o sarampo seja eliminado em todo o mundo, nossa região continuará enfrentando o risco de disseminação do vírus entre populações não vacinadas ou pouco vacinadas. No entanto, como já demonstramos, com compromisso político, cooperação regional e vacinação contínua, é possível (...) recuperar essa conquista coletiva", disse ele.
Por sua vez, as autoridades canadenses lembraram que a vacinação "é a melhor maneira de proteger você e sua família": "Permanecendo vigilantes e trabalhando juntos para aumentar a cobertura da vacinação contra o sarampo, podemos evitar surtos e proteger nossas comunidades contra essa doença evitável", disse a Agência de Saúde Pública.
Em 2021, 5.156 casos de sarampo - dos quais 4.800 foram confirmados, enquanto o restante foi classificado como "provável" - foram registrados em dez regiões. Além disso, duas mortes foram relatadas no país, ambas em casos congênitos de sarampo em pessoas nascidas prematuramente.
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