Publicado 15/04/2025 08:44

Bruxelas evita fazer comentários até "analisar cuidadosamente" a lei húngara que restringe os direitos dos LGTBI

Archivo - Arquivo - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, fala à mídia em Bruxelas
UE/FREDERIC GARRIDO-RAMIREZ - Archivo

BRUXELAS 15 abr. (EUROPA PRESS) -

A Comissão Europeia evitou comentar, nesta terça-feira, a reforma constitucional adotada no dia anterior pelo Parlamento húngaro para restringir os direitos da comunidade LGTBI, porque primeiro quer "analisar cuidadosamente" o alcance da emenda introduzida.

"Obviamente, estamos cientes da emenda à constituição húngara adotada pelo parlamento ontem. Por enquanto, precisamos analisar as alterações porque elas abrangem várias questões e precisamos examiná-las com muito cuidado para que possamos vê-las sob a perspectiva da legislação europeia", disse a porta-voz da Health and Equality, Eva Hrncirova, que também não quis dar um prazo para a análise de Bruxelas.

A porta-voz garantiu que Bruxelas "não hesitará em tomar medidas, se necessário", mas insistiu que, no momento, não poderia oferecer um cronograma ou adiantar quaisquer medidas possíveis, além de lembrar que, no passado, a Comissão já iniciou processos de infração contra o governo de Viktor Orbán por outra lei que violava os direitos fundamentais da comunidade LGTBI, um caso que já está em sua fase final, perante o Tribunal de Justiça da UE (TJUE).

Em termos gerais, Hrncirova afirmou que o executivo da UE "monitora de perto" a situação das pessoas LGTBI em todos os países da UE, inclusive na Hungria, e que a posição da UE é clara em relação ao apoio a esse grupo.

O Parlamento húngaro aprovou na segunda-feira uma emenda que consagra o gênero binário e a proteção de menores na constituição do país como argumento para limitar os direitos da comunidade LGTBI, por exemplo, com restrições que impedirão a realização de manifestações como a Pride.

A polêmica emenda também determina que há apenas dois sexos biológicos - masculino e feminino - o que dificultará a realização de cirurgia de mudança de sexo por pessoas transgêneras.

Em uma mensagem publicada nas mídias sociais após a votação, Orbán saudou o apoio à reforma promovida por seu governo e disse que "o bom senso importa na Hungria". "Estamos protegendo o desenvolvimento das crianças, afirmamos que uma pessoa nasce homem ou mulher e nos mantemos firmes contra as drogas e a interferência estrangeira", disse ele.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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