MADRID 6 maio (EUROPA PRESS) -
Um novo estudo da Universidade de Liverpool revela mudanças significativas de temperatura nos oceanos e na atmosfera, com uma versão ampliada da icônica visualização da faixa climática.
Publicada no Bulletin of the American Meteorological Society, a pesquisa mostra padrões consistentes de aquecimento nas camadas superiores dos oceanos e na atmosfera inferior (troposfera), com os anos mais quentes registrados na última década.
A visualização utiliza um padrão de listras azuis a vermelhas, conhecido como Climate Stripes, para representar a progressão do aquecimento global ao longo do tempo.
O professor Ric Williams, do Departamento de Ciências da Terra, Oceânicas e Ecológicas da Universidade de Liverpool, contribuiu para o componente oceânico do estudo.
Ele colaborou com o professor Ed Hawkins, climatologista da Universidade de Reading e criador das faixas climáticas, para investigar se a tendência de aquecimento observada nas temperaturas do ar da superfície se estende ao oceano.
Em colaboração com o Dr. Vassil Roussenov, também da Universidade de Liverpool, e o Dr. Doug Smith, do Met Office do Reino Unido, a equipe aproveitou as reconstruções globais das temperaturas oceânicas usadas para previsões decadais.
Com base nos dados do programa de sensores flutuantes Argo e na análise do Met Office do Reino Unido, os pesquisadores avaliaram as mudanças de temperatura nos 1.500 metros superiores do oceano. Suas descobertas revelaram tendências de aquecimento no interior do oceano que refletem de perto as observadas na atmosfera.
O professor Ric Williams disse em um comunicado: "Essas novas faixas de aquecimento revelam a profunda integração dos sinais climáticos tanto na baixa atmosfera quanto na parte superior do oceano. Embora haja variação interanual, a tendência de aquecimento decadal é inconfundível.
O estudo também apresenta "faixas de alerta", projeções de possíveis temperaturas futuras com base em vários cenários de emissão de gases de efeito estufa. Essas projeções ilustram claramente que, sem reduções substanciais nas emissões, os anos mais quentes de hoje poderão ser considerados relativamente frios no futuro.
O professor Ric Williams acrescentou: "A única maneira de interromper essa trajetória é reduzir as emissões de carbono. O professor Ed Hawkins, principal autor do estudo, comentou: "O aquecimento é evidente em todo o nosso sistema climático, desde o oceano profundo até a atmosfera. Essas novas faixas ajudam as pessoas, independentemente de sua formação científica, a entender visualmente a magnitude e a consistência do aquecimento global. A mensagem é clara: estamos em um momento crítico que exige ação urgente.
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