Publicado 10/06/2025 12:16

Avanços terapêuticos triplicam a sobrevida de pacientes com câncer de próstata avançado em 15 anos

Archivo - Arquivo - Próstata.
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MADRID 10 jun. (EUROPA PRESS) -

Os avanços terapêuticos e os diagnósticos moleculares conseguiram triplicar a taxa de sobrevivência de pacientes com câncer de próstata avançado em 15 anos, que representam 10% dos casos diagnosticados desse tipo de tumor, enquanto a maioria dos casos é detectada nos estágios iniciais.

A Sociedade Espanhola de Oncologia Médica (SEOM) destacou avanços como a combinação de inibidores de PARP com tratamentos hormonais ou o radiofármaco 177Lu-PSMA-617, que consolidou o papel da terapia direcionada ao antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) como um pilar "fundamental" no tratamento do câncer de próstata avançado, tudo isso por ocasião do Dia Mundial do Câncer de Próstata, comemorado nesta quarta-feira.

As inovações contínuas que ocorreram ao longo dos anos, especialmente em estágios avançados, permitiram passar de uma sobrevida média de 18 meses em 2005 para mais de 40 meses atualmente.

No caso do câncer de próstata metastático sensível a hormônios, os tratamentos incluem combinações de agentes hormonais, como apalutamida, enzalutamida, abiraterona ou darolutamida, ou tríplices que combinam docetaxel com agentes hormonais, como abiraterona ou darolutamida.

No tratamento da doença resistente à castração, as opções se expandem para a quimioterapia com docetaxel ou cabazitaxel; novos agentes hormonais, como abiraterona ou enzalutamida; e radiofármacos, como rádio-223 ou 177Lu-PSMA-617, selecionados de acordo com as características do paciente e os tratamentos anteriores.

O recente estudo Peace-3 demonstrou que a combinação de enzalutamida com rádio-223 melhora a sobrevida em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração com doença óssea (mCRPC), reforçando o valor das terapias direcionadas ao osso.

Nos últimos anos, os inibidores de PARP também demonstraram eficácia no mCRPC, e estudos como o Amplitude concluíram que há benefícios dessa estratégia em estágios iniciais da doença.

De qualquer forma, os objetivos do tratamento para esses dois subtipos são prolongar a sobrevida do paciente, preservar a qualidade de vida e prevenir eventos ósseos.

Para pacientes com carcinoma de próstata resistente à castração que ainda não desenvolveram metástases, surgiram tratamentos à base de apalutamida, como a enzalutamida e a darolutamida, que demonstraram um atraso no desenvolvimento de metástases e um aumento na sobrevida global.

O DESAFIO DE OBTER O BENEFÍCIO MÁXIMO

Por outro lado, a SEOM destacou que um dos desafios mais importantes no momento é definir a sequência ideal de medicamentos, a fim de obter o máximo benefício para cada paciente de forma personalizada.

Os avanços contínuos na pesquisa também beneficiaram o diagnóstico, com a incorporação da tomografia por emissão de pósitrons com PSMA, que proporciona maior sensibilidade e especificidade.

Além disso, as diretrizes clínicas incluíram a recomendação de triagem rotineira de genes relacionados à recomendação homóloga (como BRCA1/2), tanto para selecionar pacientes candidatos a inibidores de PARP quanto para aconselhamento familiar.

"Todos esses avanços foram possíveis graças à realização de estudos clínicos em vários centros em todo o mundo e à generosa participação dos pacientes nesses estudos. Nesses avanços, houve uma participação muito significativa dos centros espanhóis. Continuamos acreditando que a melhor opção, na medida do possível, é participar de ensaios clínicos que continuam tentando melhorar a segurança e a eficácia desses tratamentos", acrescentou a SEOM.

Por fim, considerou necessário incorporar de forma equitativa os avanços que demonstram "benefícios significativos" para os pacientes.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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