Publicado 19/11/2025 15:19

Avanços recentes no câncer de pâncreas fazem deste o "momento menos amargo" de sua história

Archivo - Arquivo - Pâncreas.
GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO / MAGICMINE - Arquivo

MADRID 19 nov. (EUROPA PRESS) -

O diretor do Grupo de Carcinogênese Epitelial do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha (CNIO) e presidente da Aliança para a Pesquisa do Câncer de Pâncreas na Espanha (ALIPANC), Francisco X. Real, declarou que os recentes avanços no câncer de pâncreas fazem dele o "momento menos amargo" de sua história.

"Os primeiros medicamentos que têm como alvo específico o principal oncogene envolvido no câncer de pâncreas, que é o KRAS, estão sendo testados agora. Esse é o primeiro avanço em quase 40 anos em termos de tratamento e vai mudar a perspectiva terapêutica dos pacientes. Não estou falando de uma cura, mas finalmente teremos medicamentos mais específicos do que a quimioterapia. Portanto, podemos dizer que este é o momento menos amargo na história do câncer de pâncreas", disse Real durante uma entrevista compartilhada pelo CNIO.

No entanto, ele enfatizou que os novos medicamentos ainda estão em fase experimental e que os testes clínicos ainda precisam ser concluídos antes que eles possam chegar a todos os pacientes.

"Eles também precisam ser aprovados pelas agências reguladoras dos EUA e da Europa e pelas administrações nacionais. Mas nunca tivemos medicamentos tão bons, então é uma situação de esperança", disse ele.

Real falou sobre como sua equipe está trabalhando na quimioprevenção, uma área na qual eles estão estudando se alguns medicamentos já aprovados, que eles já sabem que têm baixa toxicidade, poderiam prevenir o câncer em grupos específicos.

Da mesma forma, o pesquisador disse que a Inteligência Artificial (IA) vai "revolucionar" tanto a concepção de novos tratamentos quanto a forma como os experimentos são realizados.

PROGRESSO "LENTO, MAS SEGURO" NO CÂNCER DE PÂNCREAS

Sobre o diagnóstico precoce, o especialista reconheceu que o progresso é "lento, mas seguro" e que há desafios importantes em nível terapêutico.

"No câncer de pâncreas, a biópsia líquida é mais complexa e menos eficaz do que em outros cânceres, e não sabemos por quê. O desafio anterior, é claro, é identificar a população de alto risco, intervir com diagnóstico precoce ou até mesmo com tratamento quimiopreventivo", acrescentou.

Por outro lado, Real disse que a incidência de câncer de pâncreas poderia estar aumentando em pessoas com menos de 55 anos de idade, embora os dados "não sejam conclusivos". Ele também ressaltou que 80% dos diagnósticos ocorrem quando a doença "já é inoperável e, muitas vezes, metastática", razão pela qual ele enfatizou a importância de progredir tanto no tratamento quanto no diagnóstico precoce.

Entre a população em risco estão os pacientes com histórico de câncer na família, que representam entre 5% e 10% dos casos, embora os pacientes com diabetes, pancreatite crônica e fumantes também estejam em risco, embora ele tenha explicado que não há um único fator de risco fundamental.

"Se identificarmos os indivíduos de alto risco, melhorarmos o diagnóstico precoce, detectarmos os pacientes que terão doença metastática e avançarmos no tratamento em torno da cirurgia, o impacto será importante, tenho certeza. Não veremos isso amanhã, mas veremos daqui a dez anos", disse ele.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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