MADRID 21 ago. (EUROPA PRESS) -
A autópsia do streamer francês Raphael Graven, que morreu esta semana durante uma transmissão ao vivo na qual ele se gravou sendo maltratado por duas outras pessoas, descartou a "intervenção de terceiros" e revelou que "as prováveis causas da morte parecem ser de origem médica ou toxicológica", de acordo com o Ministério Público de Nice.
"À luz desses elementos, os peritos médicos consideram que a morte não foi de origem traumática nem ligada à intervenção de terceiros", disse em um comunicado, explicando que a autópsia mostrou "a ausência de lesões traumáticas internas ou externas, particularmente no rosto e no crânio, que poderiam explicar a morte".
No entanto, o exame médico mostrou a "presença de algumas contusões e ferimentos cicatrizados, especialmente nos membros inferiores", conforme relatado pela BFM TV.
A morte de Raphael Graven, conhecido como "Jean Pormanove", causou comoção em toda a França. O ex-militar de 46 anos costumava gravar a si mesmo ao vivo para entreter os espectadores, fazendo vídeos nos quais era frequentemente abusado. Após sua morte, as autoridades competentes iniciaram uma investigação.
O governo francês entrou em contato com a plataforma Kick para obter uma explicação para sua inação depois que o streamer foi "humilhado e abusado por meses ao vivo".
A plataforma, que disse estar "profundamente triste" com a morte de Pormanove, suspendeu as contas dos outros criadores de conteúdo envolvidos na transmissão "enquanto se aguarda a investigação em andamento".
"Estamos comprometidos em cooperar totalmente com as autoridades nesse processo (...) Estamos realizando uma revisão completa do nosso conteúdo em francês. Nossa prioridade é proteger os criadores e garantir um ambiente mais seguro", disse ele.
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