MADRID 8 mar. (EUROPA PRESS) -
A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos denunciou que 333 civis foram executados pelas forças de segurança das autoridades sírias durante sua campanha contra os grupos armados que apóiam o antigo regime do ex-presidente Bashar al-Assad na costa do país.
As execuções ocorreram principalmente na cidade de Latakia, um dos principais epicentros dos combates e um reduto da minoria alauíta, que agora se tornou o principal alvo de uma onda de represálias por parte das novas autoridades, de acordo com o Observatório, uma organização com sede em Londres, mas com fontes dentro do país.
Os civis "foram aniquilados de uma maneira não muito diferente das operações realizadas pelas forças de segurança do antigo regime, em um ato coletivo de vingança", diz a organização, que também estima que cerca de 200 combatentes tenham sido mortos, incluindo 90 membros das Forças de Segurança Interna e das forças do Ministério da Defesa das novas autoridades sírias.
O Observatório também atribui a culpa da situação ao ex-oficial do exército sírio Qiath Suleiman Dalla, autoproclamado líder do chamado Conselho Militar para a Libertação da Síria, organização que pegou em armas contra as autoridades de Damasco lideradas pelo presidente de transição, Ahmad al Shara, que tem antecedentes jihadistas.
A Comissão de Inquérito da ONU para a Síria, o órgão que investiga crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra civil, tomou nota no sábado das notícias "perturbadoras" e pediu a todas as partes que exercessem o máximo de contenção para garantir que os civis não fossem afetados.
"Em meio a relatos de escalada da violência, a Comissão pede o máximo de contenção e conformidade com as obrigações sob o direito internacional em relação à proteção de civis e ao tratamento humano de todos aqueles que depuseram suas armas, e acolhe declarações nesse sentido", disse em sua conta de mídia social X.
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