MADRID 6 mar. (EUROPA PRESS) -
Cientistas da Northeastern University descobriram "rochas vivas" na Patagônia chilena que são formadas pelo acúmulo de biofilmes gigantes de origem bacteriana com bilhões de anos de idade.
Ao longo das eras, esses biofilmes se acumularam e calcificaram em formas semelhantes a rochas, chamadas estromatólitos. Eles são anteriores aos seres humanos, aos nossos ancestrais primatas e talvez até mesmo à própria vida multicelular.
Veronica Godoy-Carter, professora associada de biologia e bioquímica da Northeastern University, sequenciou o genoma de uma dessas colônias bacterianas, uma espécie dentro de um gênero chamado Janthinobacterium, que é encontrado no solo e na água e tem uma cor violeta característica.
Sua pesquisa se concentra em como as bactérias se adaptam às mudanças em seu ambiente, especialmente sua resposta a danos no DNA e as mutações que podem (ou não) ocorrer em resposta a esses danos, informa a universidade em um comunicado.
Em 2018, Godoy-Carter liderou um grupo de estudantes e pesquisadores da Northeastern em uma viagem do Diálogo de Civilizações à Patagônia, onde visitaram essas "rochas vivas" e foram procurar bactérias únicas. O que eles encontraram foi uma bactéria de cores vivas cujo biofilme era forte o suficiente para agir como uma tampa em um tubo de ensaio, retendo o líquido em seu interior.
A Janthinobacterium que Godoy-Carter e sua equipe isolaram também é uma bactéria extremófila, sobrevivendo apesar da exposição a temperaturas congelantes.
A Janthinobacterium "cria comunidades multicelulares incrivelmente robustas", diz Godoy-Carter. "Acredita-se que esses tipos de formações criadas por bactérias sejam, em grande parte, as primeiras células vivas, células organizadas, na Terra.
Depois que o genoma da Janthinobacterium for sequenciado, os cientistas poderão isolar os genes específicos que mais lhes interessam estudar e vinculá-los efetivamente a outras bactérias mais amigáveis ao laboratório.
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