Publicado 19/06/2025 06:52

Ariadna Hernández (Cisco) pede uma IA "proposital" que evite uma divisão de gênero mais ampla

Archivo - Arquivo - Ariadna Hernandez, Diretora de Comunicações da Cisco para a Espanha e Portugal
CISCO - Archivo

MADRI 19 jun. (Portaltic/EP) -

A inteligência artificial (IA) não é mais uma promessa do futuro, mas uma força de mudança no presente, e está pronta para transformar o mercado de trabalho em todos os setores empresariais. Por isso, Ariadna Hernández, diretora de comunicações da Cisco para Espanha e Portugal, defende uma IA "com propósito" que evite uma maior diferença de gênero.

Embora essa revolução tecnológica traga grandes benefícios econômicos, médicos e sociais, ela também enfrenta desafios importantes, como "não reproduzir ou ampliar as desigualdades estruturais que existem atualmente na sociedade", incluindo a diferença de gênero, como denuncia Hernández.

Atualmente, as mulheres representam apenas 22% dos profissionais de Inteligência Artificial no mundo e 18% dos autores do sexo feminino em conferências científicas do setor, enquanto apenas 2% do capital de risco é alocado para startups lideradas por mulheres. Esses números, relatados pelo Fórum Econômico Mundial, "revelam não apenas uma desigualdade injusta, mas um profundo preconceito que coloca em risco o projeto ético e representativo da IA".

Em declarações relatadas pela Europa Press, a diretriz explica que o problema tem "raízes profundas". Na Espanha, apenas 20% das estudantes universitárias escolhem carreiras STEM, e as mulheres representam apenas 19,5% do setor de TIC. Essa sub-representação se traduz em uma menor participação nos espaços onde a tecnologia do futuro é definida.

A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO

Para reverter essa tendência, a Cisco está comprometida com o treinamento. O programa sem fins lucrativos Cisco Networking Academy já treinou 4,7 milhões de pessoas, incluindo iniciativas pioneiras como a primeira academia flutuante na Amazônia. Com conteúdo como "AI Fundamentals", a Cisco também está participando do programa "Union of Skills" da UE, que tem como objetivo treinar 1,5 milhão de pessoas na UE em habilidades digitais básicas até 2030.

Na Espanha, a Cisco Networking Academy - que opera desde 2000 por meio de quase 400 Academias - já treinou cerca de 50.000 meninas e mulheres em habilidades digitais, muitas delas em risco de exclusão econômica, social e de emprego.

Outro de seus principais esforços para tornar as TICs uma "coisa de meninas" é o programa "Women Rock-IT", que alcançou mais de dois milhões de participantes e gerou mais de 870.000 inscrições em cursos gratuitos de tecnologia. "Esse projeto não apenas educa, mas também inspira: ele torna visível o trabalho das mulheres líderes em tecnologia para que as meninas e as jovens vejam que elas também têm um lugar no setor", diz Hernández.

A EQUIDADE COMO UM FATOR DE INOVAÇÃO

A diretora de comunicações da Cisco para Espanha e Portugal defende que as mulheres tenham "acesso, oportunidades e liderança" nesse processo, tanto nas TIC quanto em outros setores, e destaca que está comprovado que as equipes que incorporam mais mulheres "são mais competitivas e criativas, além de obterem melhores resultados econômicos". De fato, a Comissão Europeia estima que, com mais mulheres nas TIC, o PIB europeu aumentaria em cerca de 9 bilhões de euros por ano.

A Cisco - onde as mulheres na força de trabalho superam a média do setor em 30% - está comprometida com uma IA "ética, inclusiva e humana". "Isso é o que chamamos de IA com propósito. Estamos trabalhando para que cada menina que hoje tem dúvidas se pode entrar na área de tecnologia, amanhã lidere uma equipe de inovação. Para que toda mulher que se depara com um setor que ainda a invisibiliza, encontre uma rede que a impulsione. E para que toda comunidade, por mais isolada que seja, tenha uma oportunidade real no mundo digital", conclui Hernández.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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