Publicado 26/12/2025 09:38

A Apple também está se abrindo no Brasil: ela permitirá lojas de aplicativos de terceiros e pagamentos fora da App Store.

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Jens Kalaene/dpa - Arquivo

MADRI 26 dez. (Portaltic/EP) -

A Apple também abrirá seu ecossistema iOS no Brasil em 2026, permitindo lojas de aplicativos de terceiros, bem como sistemas de pagamento fora da App Store, como resultado de uma investigação sobre comportamento anticompetitivo.

Após as mudanças no ecossistema da empresa de tecnologia na União Europeia devido ao Digital Markets Act (DMA) e a recente entrada em vigor do Smartphone Software Competition Promotion Act (MSCA) no Japão, que buscam abrir a Apple e sua loja de aplicativos, o Brasil anunciou que a fabricante do iPhone seguirá o mesmo caminho no país.

Especificamente, a Apple concordou que permitirá lojas de aplicativos de terceiros, bem como a implementação de sistemas de pagamento externos aos disponíveis em sua App Store no Brasil.

Isso foi anunciado em uma declaração do Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o órgão regulador brasileiro responsável pelo caso, que aprovou um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) emitido pela Apple.

Essa medida foi apresentada como consequência de um processo administrativo que investiga possíveis práticas anticoncorrenciais no ecossistema digital iOS no Brasil, uma vez que proíbe a distribuição por desenvolvedores de bens e serviços digitais de terceiros em aplicativos distribuídos na App Store da Apple e a imposição do uso obrigatório do sistema de processamento de pagamentos da Apple (IAP) para transações no aplicativo.

Da mesma forma, os desenvolvedores também não foram autorizados a informar os usuários em seus próprios aplicativos sobre formas alternativas de pagamento, além da solução de pagamento oferecida por Cupertino.

No entanto, o acordo agora estabelece obrigações para garantir a concorrência na distribuição de aplicativos e no processamento de pagamentos no ecossistema iOS, sob pena de multa de até R$ 150 milhões (cerca de 22,9 milhões de euros pela taxa de câmbio).

Como resultado, os desenvolvedores agora poderão promover ofertas externas e até mesmo direcionar o usuário para fazer transações fora do aplicativo. Da mesma forma, os usuários poderão usar outros métodos de pagamento dentro do aplicativo, independentemente do serviço de processamento de pagamentos da Apple.

De acordo com isso, a agência também especificou que a Apple deve permitir que canais alternativos de distribuição de aplicativos, como lojas de terceiros, sejam abertos independentemente da App Store.

Com tudo isso, a empresa de tecnologia não poderá criar medidas de controle em relação a essas mudanças que "atrapalham a experiência do produto", para que os usuários e desenvolvedores possam acessar tudo isso sem impedimentos.

Além disso, o CADE especificou que, no desenvolvimento conjunto com a Apple, foram incluídas medidas de segurança para mitigar os riscos associados a usuários menores como resultado dessa abertura do ecossistema.

O acordo aprovado também inclui uma estrutura de taxas que a Apple cobrará dos desenvolvedores, em resposta a essas mudanças em seu ecossistema e para equilibrar as possíveis consequências de sua abertura, embora não tenha sido especificado qual será o valor dessas taxas.

Em suma, a proposta da Apple assinada pelo CADE terá duração de três anos a partir do momento em que os termos se tornarem vinculativos e, antes disso, Cupertino terá um período de até 105 dias para implementar as mudanças planejadas em seu ecossistema.

Além disso, com a aprovação desse acordo, o processo administrativo em andamento devido à investigação de práticas anticompetitivas "fica suspenso" até que as obrigações sejam cumpridas.

A Apple disse ao 9to5Mac que, embora essas mudanças "abram novos riscos à privacidade e à segurança dos usuários", ela trabalhou para "manter as proteções contra algumas ameaças". O objetivo é que o iOS "continue sendo a melhor e mais segura plataforma móvel", pelo menos no Brasil. Ele também garantiu que continuarão a "defender usuários e desenvolvedores".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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