MADRID 30 jul. (EUROPA PRESS) -
A Associação Espanhola de Vacinologia (AEV) saúda a aprovação final da Agência Estatal de Saúde Pública (AESAP), que considera "um passo muito importante para antecipar, prevenir e responder a ameaças futuras".
Isso foi dito após a publicação no Diário Oficial do Estado da lei que cria esse novo órgão, que contribuirá para "consolidar um sistema nacional de saúde mais moderno, sólido e preparado".
A criação da Agência estava pendente desde 2011, e a AEV agradece o fato de as diferenças políticas terem sido deixadas de lado para o bem comum. "Esperamos que a criação da AESAP seja um sinal de que a Saúde Pública está de fato ganhando força em nosso sistema de saúde", afirmam.
A AEV destaca que a Agência adota a abordagem 'One Health', que integra ações coordenadas entre saúde humana, animal, vegetal e ambiental para uma vigilância e resposta intersetorial mais eficaz. "Essa abordagem interdisciplinar é fundamental para enfrentar os desafios atuais e futuros, especialmente a vigilância de zoonoses, resistência antimicrobiana e ameaças emergentes", afirmam.
Apesar desse avanço há muito esperado, a associação científica está ciente de que ainda há um longo caminho a percorrer antes que ele possa ser implementado. Nesse sentido, eles garantem que o desenvolvimento de seu Estatuto será fundamental, o qual definirá questões como as tarefas e funções da Agência, a localização de sua sede, sua estrutura organizacional, seus órgãos diretivos ou a presença das comunidades autônomas. "Essas letras miúdas serão absolutamente fundamentais para o desenvolvimento e o funcionamento adequado da Agência", destacam.
Nesse sentido, a Associação Espanhola de Vacinologia demonstrou sua disposição de contribuir para a elaboração desses regulamentos e de colaborar em qualquer questão que possa ser necessária para o bom funcionamento da Agência. Isso foi divulgado em uma carta endereçada ao Diretor Geral de Saúde Pública e Equidade em Saúde do Ministério da Saúde, Pedro Gullón.
Eles também acreditam que a eficácia da AESAP dependerá de sua autonomia e independência técnica, de sua capacidade de reunir profissionais talentosos e comprometidos e de sua boa articulação com os serviços de saúde e emergência.
"A AESAP não terá apenas que trabalhar em questões cotidianas de saúde pública, mas também antecipar riscos, salvaguardar a saúde pública e fortalecer a capacidade coletiva de enfrentar as crises do século XXI com força e coordenação", afirmam.
Com relação à liderança desse órgão, a AEV considera que seria positivo se a nomeação fosse apoiada pelo Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde, o que lhe permitiria ser uma figura de consenso. Além disso, também seria bem-vinda a colaboração com o setor farmacêutico para o planejamento de medicamentos durante emergências de saúde.
Finalmente, outro elemento que a Associação considera importante é o relatório econômico e os recursos alocados, que ainda não foram definidos, "porque todos os recursos necessários serão necessários para o desenvolvimento adequado", acrescentam.
Por esse motivo, a AEV insiste que a Agência deve contar com os meios humanos e técnicos necessários para fortalecer e modernizar a vigilância epidemiológica, com atenção especial às doenças imunopreveníveis. "Sistemas como o SIVIRA, com atualizações semanais, devem estar disponíveis para todas as doenças imunopreveníveis", explicam.
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