MADRID 24 mar. (EUROPA PRESS) -
O diretor da Agência de Avaliação de Tecnologias em Saúde (AETS), Carlos Martín Saborido, destacou que a avaliação econômica dos medicamentos deve ser realizada paralelamente à Avaliação Clínica Conjunta (ACC) estabelecida pelo Regulamento Europeu de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), que entrou em vigor em janeiro passado.
As avaliações econômicas de medicamentos devem ser realizadas quando o desenvolvedor conhece as evidências disponíveis para a aprovação regulatória e quando pode responder às perguntas PICO e tem um plano para gerar as evidências que faltam", explicou Martín Saborido durante sua participação na conferência "Avaliação econômica de medicamentos no novo contexto legislativo", organizada pela BioInnova Consulting.
Assim, o especialista indicou que, para realizar uma avaliação econômica, é preciso levar em conta o Regulamento Europeu sobre Avaliação de Tecnologias em Saúde (ETS), o Decreto Real sobre a avaliação de tecnologias em saúde, bem como a Lei de Garantias e Uso Racional de Medicamentos e Produtos de Saúde.
"O diretor da AETS acrescentou que "o momento não precisa ser um corte de tempo marcado em meses ou semanas antes ou depois de uma aprovação, mas deve ser quando há evidências do que precisa ser avaliado".
Martín Saborido explicou que a avaliação econômica não pode estar pronta antes da Avaliação Clínica Conjunta: "Obviamente, mas não podemos negar que, quando o desenvolvedor envia as evidências disponíveis para responder às perguntas ao grupo coordenador da ATS, ele já tem uma ideia de quais evidências estão disponíveis e estarão disponíveis".
"Esperar pela Join Clinical Assessment será um erro, pois isso só atrasará o processo", acrescentou.
REGULAMENTO EUROPEU SOBRE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIA DA SAÚDE
Durante a mesa redonda "Desafios e oportunidades na avaliação de medicamentos e tecnologias de saúde", vários especialistas analisaram o novo regulamento sobre avaliação de tecnologias de saúde.
Sobre esse ponto, a segunda vice-presidente da Sociedade Espanhola de Executivos de Saúde (SEDISA), Candela Calle, destacou que ele representa uma "grande oportunidade". "Colocar sobre a mesa ferramentas que nos obriguem a chegar a um consenso pode ser um elemento metodológico importante que nos ajudará a avançar", enfatizou.
Por sua vez, o diretor geral de Benefícios, Farmácia e Consumo do Ministério da Saúde das Ilhas Baleares, Joan Simonet, indicou que o regulamento determinará um "benefício clínico incremental" em conjunto entre os 27 países da UE.
Nesse sentido, Martín Saborido enfatizou que, se for realizada uma Avaliação Clínica Conjunta comum, não será possível usar critérios diferentes para a negociação devido às evidências existentes. "Isso forçará os tomadores de decisão a realmente, bem, ir um pouco mais longe em termos de critérios de financiamento. E isso será bom para nós, porque usaremos os mesmos critérios em termos do uso de evidências", acrescentou.
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