MADRID 6 maio (EUROPA PRESS) -
A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) advertiu nesta terça-feira que alguns profissionais de estética estão fazendo uso inadequado da hialuronidase, um produto utilizado para corrigir complicações ou resultados insatisfatórios após uma intervenção estética com ácido hialurônico.
Conforme explicado em um comunicado, a hialuronidase vem na forma de um produto cosmético ou de um medicamento e, em ambos os casos, tem um formato semelhante, como frascos ou ampolas. Essa semelhança gerou confusão e foram detectados casos em que algumas clínicas e centros médico-estéticos injetaram hialuronidase comercializada como produto cosmético, o que não é permitido e coloca a saúde em risco.
Da mesma forma, a AEMPS identificou situações em que, apesar de a rotulagem do cosmético incluir avisos como "não injetar" e/ou "uso tópico", ele foi apresentado de forma enganosa aos profissionais, por meio de publicidade, cursos ou recomendações verbais, promovendo seu uso por injeção e para fins impróprios, como a correção de preenchimentos dérmicos.
Em vista dessa situação, o órgão do Ministério da Saúde ressaltou a importância de saber diferenciar a hialurodinase na forma cosmética do medicamento para evitar confusão sobre seu uso e aplicação.
Com relação à hialuronidase em produtos cosméticos, ele explicou que esses produtos só podem ser comercializados se tiverem uma função cosmética e sua aplicação for tópica. Nesse sentido, sua administração por injeção ou outras vias intradérmicas ou sistêmicas não é permitida e esse aviso deve ser incluído na rotulagem com a observação "uso tópico, não injetar".
Também enfatizou a importância de os profissionais que aplicam a hialuronidase como cosmético tópico terem o treinamento e o conhecimento adequados para garantir o uso correto do produto.
MEDICAMENTOS COM HIALURONIDASE
No que diz respeito à hialuronidase na forma de medicamento, a AEMPS destacou que nenhum produto desse tipo está registrado na Espanha. No entanto, especificou que os centros que desejem adquiri-lo podem solicitá-lo como medicamento estrangeiro por meio do serviço de medicamentos para situações especiais da AEMPS.
A esse respeito, ele lembrou que o uso da hialuronidase injetável é restrito a produtos comercializados apenas como medicamentos, e sua administração deve ser realizada por profissionais de saúde qualificados. Qualquer uso fora desse contexto não apenas viola a legislação vigente, mas também compromete a segurança do paciente.
Com tudo isso em mente, a Agência de Medicamentos recomendou que as pessoas submetidas a qualquer tipo de tratamento estético sempre solicitem ao profissional informações sobre o produto a ser utilizado. Da mesma forma, reiterou que a administração de implantes de preenchimento à base de ácido hialurônico, bem como o uso de hialuronidase injetável, só devem ser realizados por médicos devidamente habilitados e com treinamento específico nessas técnicas.
Para os profissionais de centros e clínicas de estética, ele aconselhou que tenham a hialuronidase como medicamento ao trabalhar com implantes de preenchimento à base de ácido hialurônico, para que possam agir imediatamente em caso de possíveis complicações. Ele também sugeriu que eles verificassem o rótulo do produto, sua função e seguissem as advertências nele contidas.
Entre as advertências da AEMPS, ela também destacou que os profissionais devem ter em mente que a injeção ou aplicação intradérmica ou sistêmica de um produto cosmético não é permitida e pode acarretar responsabilidade administrativa, civil e criminal. Em caso de dúvida sobre se um produto é considerado cosmético ou medicamento, a própria agência deve ser consultada.
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