BARCELONA 10 nov. (EUROPA PRESS) -
Um estudo liderado pelo Instituto de Diagnóstico Ambiental e Estudos da Água (IDAEA-CSIC) e pelo Instituto de Química Orgânica Geral (IQOG-CSIC) descobriu que os ácidos perfluoroalquilados (PFAAs), usados na indústria e em produtos de consumo, se acumulam nas águas próximas à Antártica.
Publicado na revista "Communications Earth & Environment", é o primeiro a provar que os PFAAs que chegam à Antártica por meio de aerossóis marinhos e sua subsequente deposição atmosférica úmida por meio de chuva ou neve se acumulam no oceano austral próximo à Península Antártica, informa o CSIC em um comunicado na segunda-feira.
Eles são uma família de compostos químicos altamente resistentes à degradação e, devido às suas propriedades, têm sido usados como antiadesivos em vários produtos, e os pesquisadores dizem que "sua extrema persistência no meio ambiente é preocupante", razão pela qual esses compostos são conhecidos como produtos químicos eternos.
Os resultados foram obtidos em duas campanhas oceanográficas, em 2021 e 2022, nas quais foram coletadas amostras de água do Atlântico Norte ao Oceano Antártico: a pesquisa mostrou que as concentrações de PFAAs são semelhantes nas áreas do Atlântico e da Antártica, "confirmando sua distribuição global".
Os níveis mais altos foram encontrados em águas oceânicas influenciadas pelas costas do Brasil e da Argentina, e os pesquisadores enfatizam que a persistência química dessas substâncias é "o principal fator que determina seu risco ambiental a longo prazo".
A Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA) está atualmente avaliando cientificamente a proposta de restringir os PFASs na União Europeia, e essa pesquisa "fornece evidências científicas importantes para a regulamentação desses compostos".
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