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MADRID 10 dez. (EUROPA PRESS) -
A chefe da Unidade de Mama da Unidade da Mulher do Hospital Ruber Internacional, Esther Suárez, destacou que 78% dos casos de câncer de mama diagnosticados na Espanha correspondem a mulheres na pós-menopausa, não porque a menopausa cause a doença, mas porque o risco aumenta devido à soma de fatores biológicos e metabólicos.
O câncer de mama é o tumor mais comum em mulheres. No ano passado, quase 39.000 novos casos foram detectados na Espanha, embora sua taxa de sobrevivência seja próxima a 90%, especialmente quando diagnosticado precocemente. Devido à sua alta prevalência em mulheres na pós-menopausa, o médico enfatizou a importância de reforçar a prevenção nesse estágio.
Suárez explicou que a idade é o principal fator envolvido no risco de desenvolver a doença. "À medida que envelhecemos, a probabilidade de sofrer qualquer tipo de tumor aumenta. No entanto, no câncer de mama, há também outros fatores que se juntam na fase pós-menopausa", destacou.
Um desses fatores é a exposição hormonal acumulada durante décadas. "Uma menarca precoce ou uma menopausa tardia aumenta o tempo de exposição aos estrogênios, e isso influencia o risco de desenvolver câncer de mama", disse ela.
Em segundo lugar, ele destacou que o aumento da quantidade de gordura corporal comum após a menopausa também é um fator a ser levado em conta, pois o tecido adiposo produz pequenas quantidades de estrogênio que podem continuar a influenciar os tumores dependentes de hormônios. Nesse sentido, 70% dos cânceres de mama respondem aos hormônios.
Além disso, a terapia de reposição hormonal (TRH) usada a longo prazo, especialmente se combinar estrogênio e progesterona, também pode aumentar o risco de desenvolver câncer de mama. Suárez indicou que essa terapia usada para aliviar os sintomas mais intensos da menopausa não é contraindicada, mas deve ser iniciada após uma avaliação médica e monitorada com check-ups regulares para minimizar os riscos.
PREVENÇÃO DE FATORES MODIFICÁVEIS
Embora certos fatores, como idade ou histórico genético, não possam ser modificados, o ginecologista enfatizou que é útil mudar certos comportamentos e hábitos que sabidamente reduzem significativamente o risco.
Especificamente, ela recomendou manter um peso adequado para evitar a produção adicional de estrogênio do tecido adiposo; atividade física regular, que melhora os parâmetros metabólicos e hormonais; e evitar um estilo de vida sedentário, não fumar e moderar o consumo de álcool, todos fatores associados a um maior risco de câncer.
Ela também enfatizou a importância de check-ups regulares, incluindo mamografias e exames ginecológicos, para detectar a doença em seus estágios iniciais. Quanto à terapia de reposição hormonal, ela recomendou que ela seja sempre iniciada sob supervisão médica.
Os programas de triagem espanhóis, baseados em mamografias periódicas, possibilitam a detecção de tumores quando eles ainda não apresentam sintomas. A especialista insistiu que "detectar o câncer de mama em seus estágios iniciais faz a diferença entre um tratamento menos agressivo e um mais complexo".
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