MADRID 5 mar. (EUROPA PRESS) -
O chefe da Unidade de Coluna do Hospital Reus, Dr. Joan Salvador Escala, declarou que 75% das fraturas vertebrais osteoporóticas não são diagnosticadas devido à falta de sintomas claros. Apesar de ser o tipo mais prevalente de fratura por fragilidade devido à osteoporose, dois terços dos casos são assintomáticos.
"Na Espanha, apenas 20% dos pacientes com osteoporose são diagnosticados e tratados adequadamente, e estimamos que até 75% das fraturas vertebrais osteoporóticas não são diagnosticadas porque não causam dor intensa ou passam despercebidas e, muitas vezes, os sintomas podem ser inespecíficos, como perda de altura ou cifose progressiva", explicou o Dr. Escala.
O especialista lembrou que esse tipo de fratura reduz a expectativa de vida ao aumentar a mortalidade em pacientes com morbidades como diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica, causando um aumento maior nas admissões hospitalares e nas internações.
Apesar disso, a maioria das fraturas vertebrais osteoporóticas é identificada somente após exames radiológicos ou outros exames de imagem, muitas vezes por outros motivos.
"A incidência de novas fraturas vertebrais osteoporóticas em pessoas com mais de 50 anos de idade é de 10,7 por 1.000 mulheres e 5,7 por 1.000 homens, anualmente", disse o Dr. Escala, que atuará como coordenador de um curso sobre essa patologia, organizado pela Sociedade Espanhola de Coluna (GEER) e pela Sociedade Espanhola de Reabilitação e Medicina Física (SERMEF), que será realizado nesta sexta-feira no Hospital Universitário Sant Joan de Reus.
Em relação a esse treinamento, o Dr. Escala informou que serão abordados os avanços da medicina, a aplicação da Inteligência Artificial no diagnóstico precoce, as últimas pesquisas em osteoporose, os avanços no tratamento cirúrgico ou o uso da robótica como assistência na cirurgia, tudo a partir da promoção da colaboração multidisciplinar entre médicos de família, reabilitação, reumatologistas, radiologistas e cirurgiões ortopédicos.
PREVENÇÃO DE FRATURAS
Devido aos custos dos cuidados médicos para pacientes com esse tipo de fratura, que variam entre 4.000 e 12.000 euros por ano, dependendo das características da pessoa e da lesão, o médico aconselhou seguir um "tratamento preventivo abrangente", combinando medicação, reabilitação e mudanças no estilo de vida, para reduzir seu impacto.
A prevenção primária busca evitar o aparecimento de uma primeira fratura em pacientes com osteoporose de alto risco por meio da administração de antirreabsortivos ou osteoformadores, que reduzem o risco em 40 a 50%; caso ocorra, é necessário aplicar a prevenção secundária, que consiste em estabelecer "rapidamente" o tratamento farmacológico, já que as chances de surgimento de novas fraturas osteoporóticas quadruplicam.
"A grande maioria das fraturas vertebrais osteoporóticas se resolve em dois ou três meses sem a necessidade de tratamento agressivo, exceto repouso relativo e analgesia. A necessidade ou não de qualquer outro tipo de tratamento, como cirurgia, depende da incapacidade funcional causada pela fratura, pois há pacientes cuja dor não lhes permite levar uma vida normal e que precisam de um tratamento mais decisivo", disse o Dr. Luis Álvarez Galovich, presidente da Sociedade Espanhola de Coluna.
Ele explicou ainda que a cimentação espinhal é um procedimento "muito eficaz" realizado sob anestesia local, permitindo o alívio "significativo e imediato" dos sintomas nos casos em que é indicado.
A presidente da Sociedade Espanhola de Reabilitação e Medicina Física (SERMEF), Dra. Carolina de Miguel, disse que os locais mais comuns de fraturas osteoporóticas são a coluna, o quadril e o punho.
Além disso, ela disse que essa doença "não afeta o paciente apenas fisicamente, mas também psicologicamente, e nas áreas de trabalho, social, familiar e de lazer", razão pela qual ela considerou "fundamental" tomar medidas preventivas, como levar um estilo de vida saudável, para que os ossos sejam cuidados e fortalecidos, evitando possíveis fraturas.
A Dra. De Miguel também enfatizou o trabalho preventivo "muito importante" do médico de reabilitação, que pode ajudar a evitar o aparecimento da fratura ou sua progressão.
"No caso do surgimento de uma fratura, o médico prescreverá um tratamento com o objetivo de ajudar o paciente a recuperar o máximo de mobilidade possível e retornar às atividades diárias da forma mais independente possível. Dessa forma, o profissional concentrará seu trabalho na tentativa de garantir que o paciente não seja dependente e possa continuar sua vida normal sem ficar incapacitado", acrescentou.
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