Publicado 16/05/2025 08:59

Zelenski pede aos parceiros europeus uma resposta "forte" ao "teatro" da Rússia na Turquia

Archivo - Arquivo - Presidente ucraniano Volodimir Zelenski.
-/Ukrinform/dpa - Archivo

Moscou é acusada de "destruir o significado da diplomacia" após os comentários rudes de Putin

BRUXELAS, 16 maio (EUROPA PRESS) -

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu nesta sexta-feira aos parceiros europeus que deem uma resposta "forte" à "teatralidade" da Rússia nas conversações na cidade turca de Istambul, as primeiras negociações diretas entre Kiev e Moscou em três anos.

Ao discursar na cúpula da Comunidade Política Europeia em Tirana, capital da Albânia, o líder lamentou que a Rússia tenha enviado "a mesma equipe para as negociações de 2022", o que mostra, ressaltou, que "não mudou sua abordagem em todo esse tempo".

"A Rússia faz muitas declarações, faz muitas ameaças, mas elas não resolvem nada. Eles estão fazendo tudo o que podem para transformar esta reunião em Istambul em um processo vazio, como a reunião de 2022", alertou, enquanto acusava Moscou de "destruir o significado da diplomacia" com suas ações.

"Se for constatado que a delegação russa está simplesmente fazendo teatro, o mundo deve reagir. É necessária uma forte reação, incluindo sanções contra bancos e contra o setor energético russo. A pressão deve continuar a aumentar até que um avanço real seja alcançado", argumentou Zelenski, em uma mensagem clara aos líderes europeus presentes na cúpula.

Referindo-se à atitude do presidente russo Vladimir Putin, que anunciou na noite de quarta-feira que não participaria da reunião em Istambul, Zelenski pediu que ele desse "autoridade real" à delegação russa para "pôr fim aos massacres" na Ucrânia. "A diplomacia deve ter uma chance real", enfatizou.

"Todos nós sabemos quem toma as decisões na Rússia e, junto com os países que estão aqui, começamos a criar uma nova arquitetura de segurança para a Ucrânia e para toda a Europa", destacou Zelenski, ressaltando que "o apoio dos Estados Unidos é essencial". "Temos que trabalhar juntos em todos os níveis para tornar isso uma realidade", disse ele.

Com relação ao objetivo da delegação ucraniana, ele enfatizou que "a prioridade número um é um cessar-fogo honesto e incondicional". "Se os representantes da Rússia em Istambul hoje não conseguirem sequer concordar com um cessar-fogo, ficará claro que Putin continua a minar a democracia", argumentou.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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