Publicado 18/12/2025 11:26

Zelenski pede aos líderes da UE que adotem os empréstimos russos baseados em ativos até o final do ano

O presidente ucraniano Volodimir Zelenski em uma coletiva de imprensa em Bruxelas após reunião com líderes europeus.
FREDERIC GARRIDO-RAMIREZ // EUROPEAN COUNCIL

BRUXELAS 18 dez. (EUROPA PRESS) -

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu nesta quinta-feira aos líderes da União Europeia (UE) que tomem uma decisão antes do final do ano para usar os ativos russos presos na Europa para um empréstimo para manter a Ucrânia à tona, dizendo que é uma opção que está dentro de seu poder e fortalecerá a posição da Ucrânia nas negociações de paz.

"Os parceiros foram informados de que a decisão deve ser tomada antes do final deste ano", disse o líder ucraniano em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, depois de se reunir com os líderes europeus em uma cúpula com o objetivo de chegar a um acordo sobre uma fórmula de financiamento para manter a Ucrânia à tona nos próximos dois anos.

Zelenski disse que é urgente que Kiev consiga "resolver esse problema e obter financiamento", ressaltando que a "maneira correta" de financiar a Ucrânia deve ser por meio dos ativos russos congelados pelas sanções europeias.

Dessa forma, argumentou o líder ucraniano, os europeus farão com que Moscou pague por sua agressão. "Para que todos nós entendamos e a Rússia entenda: ela é culpada e as reparações terão que ser pagas", disse ele.

Ele também insistiu que essa medida, que está nas mãos dos líderes europeus, deve ser decidida exclusivamente pelos europeus, sem interferência externa. "Por que deveríamos falar sobre os fundos que estão na Europa com os russos, os chineses ou quem quer que seja? O dinheiro está na Europa. Vamos decidir isso com os europeus", insistiu ele.

Zelenski explicou que o movimento para usar os ativos russos congelados poderia influenciar as negociações, enfatizando que os ativos russos "não devem ser usados como alavanca" contra a Ucrânia no processo. "Queremos que esses ativos não façam parte do processo de negociação. E queremos que essa parte nos apoie", acrescentou, reiterando que Kiev estará mais segura na mesa de negociações se receber um sinal positivo dos ativos russos imobilizados.

No âmbito da cúpula europeia, ele teve uma reunião com seu colega belga, Bart De Wever, a quem transmitiu as urgências enfrentadas pela Ucrânia. A atenção está voltada para a Bélgica, que abriga a sede da Euroclear - a instituição depositária que detém a grande maioria dos ativos em questão - e que mantém sua rejeição a esse plano, citando os riscos que correria diante de futuras reivindicações russas.

"Tive uma reunião e acho que contei tudo a ele, e ele me contou tudo. E se acabou sendo produtivo, veremos", disse Zelenski sobre seus contatos com o líder belga, sem querer dizer se uma decisão poderia ser tomada na quinta-feira.

De qualquer forma, ele ressaltou que Kiev precisa do apoio, não apenas por causa do déficit de 45 bilhões em suas contas, mas também para manter a capacidade de continuar a luta no leste do país. "Esses são riscos muito importantes e altos para a Ucrânia", alertou, observando que a falta de recursos afetará elementos essenciais da batalha, como a produção de drones e mísseis de longo alcance.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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