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MADRID, 12 mar. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, assegurou nesta quarta-feira que conta com o apoio militar e as sanções dos Estados Unidos para responder à Rússia se esta finalmente rejeitar o cessar-fogo que Washington propôs a Kiev na terça-feira em uma reunião na Arábia Saudita como passo preliminar para uma negociação.
"Eu entendo que podemos contar com medidas fortes. Ainda não sei os detalhes, mas estamos falando de sanções e do fortalecimento da Ucrânia", explicou ele em uma aparição na mídia em Kiev, de acordo com agências ucranianas.
"A paz é buscada por meio da força (...) Se a Rússia mostrar que está pronta para a oferta americana, acho que haverá soluções apropriadas; se não estiver, esperamos que o lado americano prove exatamente o que disse", disse ele.
Zelenski também observou que, embora ninguém na Ucrânia "acredite nos russos", também é essencial silenciar a narrativa que questiona o fato de Kiev querer encerrar o conflito. "Estou falando muito sério e é importante para mim acabar com a guerra. Quero que o presidente dos Estados Unidos veja isso", disse ele.
É por isso que, segundo ele, a Ucrânia aceitou a proposta de um cessar-fogo de 30 dias proposta pelos Estados Unidos na reunião de Jeddah na terça-feira. "Estamos prontos", enfatizou Zelenski, que explicou que ainda não se sabe quais garantias de segurança seu país receberá se uma trégua for finalmente acordada.
No entanto, ele descartou que o cessar-fogo seria suficiente para suspender a lei marcial e convocar novas eleições, como a Casa Branca vem insistindo. "Quando a guerra acabar", disse ele aos repórteres. "Ninguém adiará nada de propósito", acrescentou.
O presidente ucraniano advertiu que "os russos farão todo o possível para que a Ucrânia enfrente os Estados Unidos" e acredita que a reunião de terça-feira na cidade saudita "frustrou" os planos de Moscou de aumentar as diferenças entre Washington e Kiev.
Zelenski também destacou uma das "linhas vermelhas" que a Ucrânia estabeleceu desde o início do conflito, a de que os territórios ocupados pela Rússia não serão reconhecidos. "Nossos heróis deram suas vidas por isso", disse ele.
"Lutamos por nossa independência, e é por isso que não reconheceremos nenhum território ocupado pela Rússia. É um fato (...) essa é a linha vermelha mais importante. Não permitiremos que ninguém esqueça esse crime contra a Ucrânia", enfatizou.
Por outro lado, o presidente ucraniano também descartou a possibilidade de uma próxima reunião com seu colega norte-americano, Donald Trump. Ele também enfatizou que qualquer reunião futura deve se concentrar na obtenção de resultados positivos, pois "as pessoas estão lutando há muito tempo e merecem luz".
"Quero que qualquer reunião com o presidente dos EUA seja positiva; todos nós devemos nos preparar para isso", disse Zelenski, que novamente expressou sua vontade de assinar o acordo sobre terras raras que ficou pendente após a reunião fracassada de algumas semanas atrás na Casa Branca.
Ele também se referiu ao ataque de drones em grande escala que a Ucrânia lançou na terça-feira contra a Rússia, principalmente sobre a região de Moscou, onde atingiu uma importante refinaria de petróleo, descartando-o como uma demonstração de força. "É uma resposta justa ao que eles estão fazendo conosco", disse ele.
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