Publicado 26/12/2025 11:43

Zelenski deixa a cargo dos parceiros internacionais a realização de eleições: "A segurança é necessária".

19 de dezembro de 2025, Varsóvia, Varsóvia, Polônia: Warszawa 19.12.2025..Spotkanie Premiera Donalda Tuska z Prezydentem Ukrainy Wolodymyrem Zelenskim --- Reunião do primeiro-ministro polonês Donald Tusk com o presidente da Ucrânia Wolodymyr Zelenski.nz D
Europa Press/Contacto/Igor Jakubowski

MADRID 26 dez. (EUROPA PRESS) -

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, deixou nas mãos de seus parceiros internacionais a realização de eleições, pois eles são os únicos capazes de pressionar a Rússia para garantir condições mínimas de segurança.

Zelenski destacou que "a primeira coisa é a segurança", além dos mecanismos das legislaturas que estão sendo preparadas para poder realizar eleições em uma situação como a atual, na qual alguns territórios estão sob o controle das forças russas. "A segurança é necessária", enfatizou.

"Os parceiros têm poder suficiente para forçar a Rússia a concordar com medidas de segurança adequadas e uma infraestrutura segura para a realização das eleições presidenciais da Ucrânia ou de um referendo, disse Zelenski a repórteres na sexta-feira, informou o Ukrinform.

Zelenski também lembrou que a proposta de realizar eleições no meio de uma guerra foi feita pelos Estados Unidos, o que, segundo ele, exige não apenas vontade política, mas também medidas de segurança.

Com relação às garantias de segurança, Zelenski enfatizou que as conversações com os Estados Unidos e a Europa tiveram um bom progresso recentemente. "Está praticamente pronto", disse ele, referindo-se à possível assinatura de um acordo com Washington, mas também de um acordo tripartite com os países europeus.

Ele também explicou que um dos vinte pontos da minuta do plano de paz trata da possibilidade de realizar um referendo caso surjam questões delicadas que não possam ser respondidas por uma única pessoa, incluindo o chefe de Estado. "Há questões que somente o povo da Ucrânia pode responder", disse ele.

"É certo que o destino da Ucrânia deve ser decidido pelo povo ucraniano e é a coisa certa a fazer", observou Zelenski, explicando que não recebeu uma resposta da Rússia ao novo projeto, embora esteja confiante de que os Estados Unidos serão os únicos a transmitir a opinião de Moscou em sua reunião neste domingo na Flórida.

Nesta semana, seu principal assessor, Mikhail Podoliak, apontou que o lado ucraniano não tem capacidade orçamentária para arcar com os custos da realização de eleições em um momento como o atual.

O Kremlin respondeu a essas alegações na sexta-feira com certa ironia, afirmando que a Ucrânia é conhecida pelos "truques" que vem usando nos últimos anos para "obter dinheiro do Ocidente".

"É uma prática comum", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que preferiu não avaliar quem deveria financiar o quê. "Até o momento, não ouvimos nenhuma declaração de Kiev sobre o assunto", disse ele.

De acordo com a lei ucraniana, o presidente Zelensky deveria ter convocado eleições em maio de 2024. No entanto, a lei marcial e a mobilização geral decretadas após a invasão russa há dois anos o impediram de fazer isso.

A questão tornou-se um tópico regular dessa guerra depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, em sua primeira reunião com Zelensky após retornar à Casa Branca, levantou a questão com ele, não apenas criticando-o por não convocar eleições, mas até mesmo chamando-o de ditador.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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