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Líderes europeus abraçam o presidente ucraniano na véspera de sua reunião com a Casa Branca na Flórida.
MADRID, 27 dez. (EUROPA PRESS) -
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou neste sábado, um dia antes de se reunir com o inquilino da Casa Branca, Donald Trump, na Flórida, as "linhas vermelhas" existentes no projeto de plano de paz, no âmbito da invasão russa da Ucrânia.
"Devemos trabalhar para minimizar as questões pendentes. É claro que hoje há linhas vermelhas para a Ucrânia e o povo ucraniano", disse ele, antes de indicar que "há propostas de compromisso" e que "todas essas questões são muito sensíveis", incluindo a questão territorial e a usina nuclear de Zaporiyia.
Zelenski indicou que, caso as abordagens do plano sejam atualizadas, antes de tomar uma decisão, ele se comunicará com a população ucraniana, pois é ela que "tem a última palavra", seja por meio de um referendo ou de "certas mudanças legislativas", como ele apontou em seu perfil na rede social X.
Ele também reclamou que, durante o dia em que está viajando para os Estados Unidos para negociações de paz, a Rússia "atacou maciçamente" a Ucrânia, alegando que essa é a "resposta" de Moscou às negociações para "pôr fim à guerra russa".
Nesse contexto, ele reiterou que o pedido "mais importante" de Kiev é que "as garantias de segurança sejam sólidas" e que sejam protegidas, e afirmou que nas "condições atuais não será possível" realizar eleições, conforme exigido por Washington devido à pressão do Kremlin.
"Os céus devem estar seguros e a segurança deve ser garantida em todo o nosso território, pelo menos durante as eleições ou um referendo", enfatizou, enquanto pedia a presença de observadores internacionais "em todos os lugares" do território, incluindo o território ocupado pela Rússia.
CONVOCAÇÃO DOS LÍDERES EUROPEUS COM ZELENSKI
Após seus comentários, Zelenski fez uma ligação telefônica com vários líderes europeus, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, que se juntaram a ele antes da reunião na Flórida.
"Acolhemos todos os esforços que levam ao nosso objetivo comum: uma paz justa e duradoura que preserve a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. E que fortaleça as capacidades de segurança e defesa do país, como parte integrante da segurança de nosso continente", disse Von der Leyen.
A chefe do executivo da UE garantiu que "em 2026, a Comissão Europeia continuará a pressionar o Kremlin, manterá seu apoio à Ucrânia e trabalhará intensamente para acompanhá-la em seu caminho rumo à adesão à UE".
Por sua vez, Costa afirmou que o apoio de Bruxelas "não vacilará" e defendeu "a paz e a reconstrução" em "tempos de guerra", argumentando que "uma Ucrânia forte e próspera na UE é uma garantia fundamental de segurança".
Ao mesmo tempo em que afirmou que a UE continua a trabalhar "estreitamente" com os americanos para "uma paz forte e duradoura", ele aplaudiu as medidas recentes contra a Rússia, incluindo o congelamento de longo prazo dos ativos soberanos russos e as sanções.
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