SANTA CRUZ DE TENERIFE 21 nov. (EUROPA PRESS) -
O grupo parlamentar Vox apresentou uma emenda a todo o projeto de lei orçamentária das Ilhas Canárias para 2026 porque ele "dá as costas às necessidades reais dos canarinos".
A alternativa apresentada pelo partido conservador é começar a gestão com uma "redução drástica dos gastos políticos supérfluos, redirecionando os recursos para serviços públicos e de saúde de qualidade, o uso de recursos naturais para alcançar a soberania energética e industrial, juntamente com o apoio ao setor primário e, é claro, ao turismo".
O grupo também propõe "acabar com a gestão da imigração maciça e descontrolada, que não só abre as portas para a insegurança e normaliza a invasão de fronteiras, mas também implica um custo infinito de recursos".
A Vox entende que o governo das Canárias "aumentou, e não sem controvérsia, o número de altos funcionários em 25%, criou dois novos ministérios e acrescentou mais 22 altos funcionários" e conclui que esses orçamentos são "uma decepção" e não respondem ao mandato da mudança política de 2023.
"Eles não são uma proposta de mudança, pois o CC e o PP perpetuaram as políticas do 'Pacto de las Flores', em vez de revertê-las", diz ele.
O partido ressalta que as Ilhas Canárias sofrem com uma alta taxa de risco de pobreza (24,6%), especialmente para crianças (40%), e que mais de 700.000 canarinos têm dificuldades para sobreviver e, nesse contexto, "essa proposta econômica não aborda a situação".
De acordo com a Vox, levando em conta o "alto superávit" de tantas administrações, que chegou a 2,5 bilhões no final do ano passado, "a previsão de aumentar a dívida regional para 6,68 bilhões em 2026 é irresponsável".
ELES NÃO CUMPREM A PROMESSA DE REDUZIR O IGIC
"São ações continuistas que não cumprem suas promessas, por exemplo, a recusa em baixar o IGIC. Esse governo continuísta prioriza a cobrança de impostos em detrimento da redução de impostos", disse ele.
A Vox insiste que a "alta pressão migratória" que as Ilhas Canárias recebem, "localizada principalmente em bairros de baixa renda, sobrecarrega a polícia e os serviços públicos", com um custo anual de 33.000 euros por menor migrante desacompanhado, o que significa mais de 200 milhões por ano.
O grupo também considera "irrealista" a meta de 100% de energia renovável sem tecnologias de apoio e, dada a "fragilidade" do sistema elétrico das Ilhas Canárias, acredita que a energia nuclear "é uma opção a ser estudada e preferível às alternativas mais poluentes que tiram a soberania nacional, como a chegada de navios que transportam eletricidade de países como a Turquia".
De fato, ele propõe a abolição da Delegação de Transição Ecológica e a integração de suas funções em outras áreas.
Quanto à moradia, ele não escondeu o "fracasso da gestão" do governo regional, pois com três milhões de euros para o 'Programa de Moradias Vazias' "só mobiliza uma casa".
"Mas há mais", ressalta, "é lamentável o aumento do registro de candidatos que já chega a 30.000 inscritos, e a dotação de 19,5 milhões para a promoção de moradias subsidiadas é insuficiente".
Nesse sentido, a Vox propõe "incentivos fiscais reais, para proceder à construção acelerada de moradias subsidiadas e, é claro, levar em conta a prioridade nacional no acesso", além de tornar efetiva a redução de todos os impostos vinculados à aquisição de compra habitual.
VALOR ÍNFIMO PARA O SETOR PRIMÁRIO
Sobre o setor primário, eles consideram que a alocação de 156 milhões de euros é "minúscula" e que uma "grande" parte desses fundos é destinada a pessoal e "programas ideológicos".
Além de aumentar os fundos, a Vox aponta que "eles devem ser gerenciados, direcionando-os para o investimento em água de irrigação, melhorando as infraestruturas e promovendo a mudança geracional".
A fim de defender o produto nacional, eles continuam, "devemos lutar contra a concorrência desleal, a fraude de reetiquetagem e a negligência institucional".
Na área da saúde, eles defendem "acabar com a precariedade profissional" dos trabalhadores da saúde, resolvendo "problemas herdados", como o pagamento adicional, destacando que, apesar de continuar a injetar orçamento, a atenção primária "continua saturada e com longas listas de espera".
Eles também destacam que "há uma grave falta de planejamento de assistência social e de saúde que ocupa leitos hospitalares e deixa centenas de idosos canarinhos vulneráveis", de modo que propõem a hospitalização domiciliar como alternativa.
A Vox também lamenta que a RTVC esteja "sob as mãos" do atual governo como um "aparato de propaganda" e custe às Canárias mais de 60,9 milhões de euros em 2026, "tudo por uma televisão que esconde dados sobre a nacionalidade dos infratores e não é feita para representar todas as Canárias e que ostenta em seus programas a 'bandeira da Estelada Canária', que é uma forma de alimentar o nacionalismo para ganhar poder político".
Para a Vox, "esse orçamento é mais do mesmo" porque aumenta seus itens "mas para gastos ideológicos" e não representa as Ilhas Canárias ou responde às suas necessidades.
"Não há outra saída a não ser refazê-lo completamente com um prisma diferente, que esteja disposto a mudar a realidade do arquipélago", apontam.
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