MADRID 6 jul. (EUROPA PRESS TELEVISION) -
O governo israelense aprovou na noite de sábado a autorização para a entrada de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza por meio de agências da ONU, depois de quatro meses de bloqueio israelense, desde 2 de março, para pressionar o Movimento de Resistência Islâmica a chegar a um acordo sobre os reféns.
"O gabinete e o primeiro-ministro (Benjamin Netanyahu), em uma decisão errada, aprovaram ontem a ajuda por meio desse canal, que também chega ao Hamas", revelou o ministro das Finanças e líder do partido de extrema-direita Sionismo Religioso, Bezalel Smotrich, em uma mensagem postada em sua conta no X.
A decisão, que vazou para outros meios de comunicação israelenses, foi contestada por Smotrich e outros membros do gabinete de partidos de extrema direita, que denunciam que essa ajuda humanitária acaba sendo usada pelo Hamas.
"O chefe do Estado-Maior não está cumprindo sua missão e está forçando a liderança política a trazer ajuda que chega ao Hamas e se torna suprimento logístico para o inimigo durante uma guerra", argumentou Smotrich.
O diretor executivo adjunto do Programa Mundial de Alimentos (WFP), Carl Skau, visitou Israel e a Cidade de Gaza na semana passada e previu a possibilidade de Israel permitir a passagem de 100 caminhões de ajuda humanitária por dia pelo corredor de Netzarim e pela passagem de Erez. Skau disse que o WFP está preparado para levar entre 500 e 600 caminhões para o enclave palestino no dia seguinte ao recebimento da autorização israelense.
Smotrich criticou a entrega de ajuda humanitária e também a posição de Netanyahu. "Com todo o apreço, minha crítica também se dirige ao primeiro-ministro, que durante todos os meses de guerra não conseguiu implementar as decisões da liderança política e fazê-las cumprir pelo alto comando da IDF sobre o objetivo crítico para a vitória: a destruição do Hamas e o retorno dos sequestrados", disse ele.
Smotrich enfatizou os sucessos militares da IDF. "No contexto desses sucessos, a falha no controle da ajuda humanitária se destaca e demonstra que é uma questão de falta de vontade, não de falta de capacidade", disse ele.
"É inaceitável dizer que o melhor exército do mundo, que demonstrou capacidade e desempenho sem precedentes no Irã, contra o Hezbollah, na Síria e em Gaza, não consegue distribuir ajuda sem que ela chegue ao Hamas e seja usada contra nossos combatentes.
Desde 2 de março, a única ajuda humanitária que entrou na Faixa de Gaza foi a distribuída pela opaca Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que abriu pontos de distribuição controlados pelo exército israelense e nos quais pelo menos 751 civis palestinos foram mortos por ataques israelenses, oito deles nas últimas 24 horas.
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