Publicado 12/04/2025 18:37

O vice-presidente do CNE do Equador diz que Noboa poderia ter sido denunciado por não pedir licença para a campanha

Sede do Conselho Nacional Eleitoral do Equador (CNE)
CNE ECUADOR

MADRID 12 abr. (EUROPA PRESS) -

O vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Enrique Pita, declarou em uma entrevista publicada no sábado, véspera do segundo turno das eleições presidenciais equatorianas, que o órgão tinha o poder de apresentar uma queixa contra o presidente e candidato à reeleição Daniel Noboa por não ter solicitado a licença correspondente para realizar uma campanha eleitoral, conforme estipulado no Código da Democracia.

Pita explicou que o CNE não agiu porque atualmente há reclamações em andamento sobre o mesmo assunto perante o Tribunal de Disputas Eleitorais (TCE), que já está analisando o caso. "O CNE não apresentou uma queixa porque já existem queixas em andamento no TCE", disse ele em uma entrevista ao portal de notícias Primera Plana.

Entretanto, quando perguntado diretamente se o CNE poderia ter intervindo, Pita respondeu claramente: "Sim, está dentro das possibilidades". Apesar disso, ele reiterou que, como o processo já foi iniciado, agora cabe ao TCE resolvê-lo. "Não temos nada a fazer lá", disse ele.

O vice-presidente da CNE também se referiu às críticas ao órgão, que ele considera originárias da falta de conhecimento da lei e da falta de clareza com relação ao escopo do direito público. No entanto, ele reconheceu que o Código da Democracia é claro ao afirmar que qualquer funcionário que esteja buscando a reeleição deve solicitar uma licença para participar de uma campanha.

Noboa acumulou várias reclamações perante a Justiça Eleitoral por não ter tirado a licença para a campanha em que está buscando a reeleição. Ele argumenta que está cumprindo o mandato de um ano e meio deixado pelo ex-presidente Guillermo Lasso, que se aproveitou da chamada "cruz da morte" para evitar o impeachment.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

Contador