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O governo panamenho diz que está disposto a "dar asilo temporário aos membros do regime" na Venezuela para facilitar a transição política.
MADRID, 9 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo venezuelano rejeitou na segunda-feira que o Panamá faça a mediação entre Washington e Caracas sobre a crescente pressão sobre Nicolás Maduro, os ataques dos EUA contra supostos traficantes de drogas no Caribe - que deixaram mais de 80 mortos - e ameaças de intervenção militar em solo venezuelano, afirmando que "no Panamá fazemos o que os Estados Unidos dizem".
"No Panamá não há governo, eles fazem o que os Estados Unidos dizem. Que um mamarracho que está lá diga isso. Não sei com quem, a que ele está se referindo, mediador em quê, em quê. Não há governo, eles devem mediar com seu próprio povo", disse o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, em uma coletiva de imprensa.
O secretário do Partido Socialista Unido da Venezuela também defendeu que "somos muito claros sobre o que estamos fazendo e o que está sendo feito neste país todos os dias, apesar das pessoas que nunca perdem um momento para lançar um dardo contra o povo venezuelano, um dardo envenenado contra o nosso povo".
Cabello fez essa declaração coincidindo com a reunião desta segunda-feira entre o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, e parentes de María Corina Machado, em Oslo (Noruega), por ocasião do Prêmio Nobel da Paz, que este ano será concedido ao líder da oposição venezuelana.
Essas declarações também ocorrem dias depois de o vice-ministro das Relações Exteriores do Panamá, Carlos Hoyos, ter declarado em sua conta na rede social X que "o Panamá apoia o presidente eleito, Edmundo González, e tudo o que pudermos fazer para facilitar o processo para que a vontade do povo venezuelano seja respeitada, nós o faremos, inclusive dar asilo temporário a membros do regime, se necessário".
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