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MADRID 17 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo venezuelano denunciou nesta terça-feira a "ameaça imprudente e grave" feita pelos Estados Unidos, horas depois que o inquilino da Casa Branca, Donald Trump, ordenou o bloqueio de todos os petroleiros que entram e saem do país latino-americano e ameaçou aumentar suas hostilidades se Caracas não entregar "o petróleo roubado".
"O presidente dos Estados Unidos, violando o direito internacional, o livre comércio e a livre navegação, lançou uma ameaça imprudente e grave contra a República Bolivariana da Venezuela", disse Caracas em um comunicado divulgado pela vice-presidente Delcy Rodríguez via Telegram, onde ela chamou as palavras de Trump de "grotescas".
O executivo de Nicolás Maduro acusou seu homólogo norte-americano de tentar "roubar a riqueza" da Venezuela ao ordenar o bloqueio contra os navios petroleiros, um extremo que foi descrito como "absolutamente irracional". O presidente "assume que o petróleo, as terras e as riquezas minerais da Venezuela são sua propriedade e (que) consequentemente, a Venezuela deve lhe entregar todas as suas riquezas imediatamente", advertiu, aludindo ao que denunciou como uma "expressão intervencionista e colonialista" de Trump em Truth Social.
"Sua verdadeira intenção (...) sempre foi se apropriar do petróleo, das terras e dos minerais do país por meio de gigantescas campanhas de mentiras e manipulações. A Venezuela nunca mais será uma colônia do império ou de qualquer potência estrangeira", assegurou, antes de conclamar a comunidade internacional a rejeitar por "todos os meios essa ameaça extravagante que mais uma vez revela as intenções de Trump".
Caracas anunciou na mesma nota que "procederá, em estrita adesão à Carta da ONU, para exercer plenamente sua liberdade, jurisdição e soberania sobre essas ameaças bélicas" e que ordenou a seu embaixador nas Nações Unidas que "denuncie imediatamente essa grave violação do direito internacional contra a Venezuela".
Esse protesto ocorre depois que o presidente dos EUA ordenou o bloqueio de petroleiros sancionados que partiam e se dirigiam à Venezuela, alegando "o roubo de nossos ativos e (...) terrorismo, tráfico de drogas e tráfico de pessoas".
Trump, que declarou o "regime" de Maduro uma organização terrorista, garantiu que a Venezuela está "completamente cercada pelo maior exército já reunido na história" do continente e que essa situação "só vai piorar". "O impacto sobre eles será inédito até que devolvam aos Estados Unidos todo o petróleo, as terras e outros bens que nos roubaram antes", prometeu.
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