MADRID 24 nov. (EUROPA PRESS) -
O governo venezuelano declarou que a iniciativa dos Estados Unidos de incluir o "inexistente" Cartel dos Sóis em sua lista de grupos terroristas não passa de uma "farsa ridícula" para justificar uma "intervenção ilegítima", embora tenha enfatizado que ela fracassará, assim como o restante de suas ações "agressivas".
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, reagiu dessa forma à entrada em vigor na segunda-feira dessa designação, anunciada há uma semana, depois de já ter sido incluída na lista de sanções em julho.
"Uma mentira infame e vil para justificar uma intervenção ilegítima e ilegal contra a Venezuela, sob o formato clássico dos EUA de mudança de regime", reclamou o ministro venezuelano em uma declaração publicada em sua conta no Telegram.
"É uma tolice o governo venezuelano desperdiçar o valioso tempo do governo para ter que responder a essas infâmias e calúnias", disse Gil, referindo-se às teorias de que essa suposta organização criminosa é liderada pelo presidente, Nicolás Maduro, e pelo vice-presidente, Diosdado Cabello.
Gil instou Washington a "retificar" essa decisão, que faz parte de sua "política errática de agressão e ameaças" contra a Venezuela, em um momento em que navios norte-americanos pairam de forma intimidadora sobre as águas do Mar do Caribe, palco, no mês passado, de sua suposta luta contra as drogas.
As opiniões divergem quanto à existência ou não dessa suposta organização, que, segundo alguns especialistas, carece de hierarquia e não passa de uma rede de corrupção formada por políticos e membros de alto escalão das forças armadas que se beneficiam de acordos específicos com grupos de narcotraficantes.
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