Europa Press/Contacto/Pedro MATTEY
Maduro denuncia o "sequestro e roubo" da tripulação e do navio, que transportava cerca de dois milhões de barris de petróleo.
MADRID, 12 dez. (EUROPA PRESS) -
A Venezuela apresentou nesta quinta-feira uma queixa formal à Organização Marítima Internacional (OMI) sobre a apreensão de um navio petroleiro pelos Estados Unidos na costa venezuelana, acusando Washington de "prejudicar o comércio marítimo de petróleo do país".
A vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez "fez contato telefônico com o secretário executivo da Organização Marítima Internacional (OMI), Arsenio Domínguez, para denunciar a violação da liberdade de navegação no Caribe pelos Estados Unidos", informou o gabinete da vice-presidente em um comunicado divulgado via Telegram.
O portfólio argumentou que existem convenções internacionais que protegem a liberdade de navegação "diante de atos ilegais que a ameaçam", em referência direta à apreensão da embarcação mencionada, que Rodríguez descreveu como "um ato ilegal internacional". Por esse motivo, ele argumentou que a Venezuela está fazendo o que deveria ao "apelar para o direito internacional (e) a legalidade e defender seus recursos naturais".
MADURO ACUSA OS EUA DE SEREM "PIRATAS DO CARIBE".
O anúncio da vice-presidência foi feito paralelamente às declarações do presidente do país, Nicolás Maduro, em um evento de gel do governo em Caracas, onde ele descreveu as ações das forças dos EUA como "pirataria criminosa".
As autoridades norte-americanas, disse Maduro, "realizaram um ato absolutamente criminoso e ilegal ao procederem com um ataque militar, sequestro e roubo, como piratas do Caribe, em um navio comercial, civil, privado, um navio de paz". Ele também denunciou que "eles sequestraram a tripulação, roubaram o navio e inauguraram uma nova era, a era da pirataria naval criminosa no Caribe", que "a Venezuela rejeita".
O líder venezuelano afirmou que o navio não foi abordado na costa da Venezuela, mas "quase chegando ao Atlântico (...), muito mais ao norte de Trinidad e Tobago, em direção à ilha de Granada". Ele também indicou que "o navio estava transportando 1.900.000 barris de petróleo para os mercados internacionais, que foram pagos na Venezuela".
Nesse contexto, Maduro anunciou que já deu "instruções suficientes para que todas as ações legais e diplomáticas necessárias sejam tomadas". "A Venezuela vai assegurar todos os navios para garantir o livre comércio de seu petróleo para o mundo", prometeu.
Dessa forma, ele declarou que as autoridades norte-americanas "deixaram cair a máscara", argumentando que sua campanha não se deve ao tráfico de drogas. "É o petróleo que eles querem roubar", advertiu, antes de acrescentar que "a Venezuela defenderá sua soberania sobre seus recursos naturais". "A vitória pertence a nós", enfatizou.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático