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MADRID 26 dez. (EUROPA PRESS) -
As autoridades venezuelanas confirmaram nesta quinta-feira a libertação de quase uma centena de pessoas que haviam sido detidas após as eleições presidenciais de julho de 2024, acusadas de participar de "atos de violência e incitação ao ódio" após as eleições que deram a vitória a Nicolás Maduro, apesar das alegações de fraude por parte da oposição e de grande parte da comunidade internacional.
"O governo e o sistema de justiça tomaram a decisão de avaliar caso a caso e conceder, de acordo com a lei, medidas cautelares, o que permitiu a libertação de 99 cidadãos, como expressão concreta do compromisso do Estado com a paz, o diálogo e a justiça", anunciou o Ministério do Poder Popular para o Serviço Penitenciário em um comunicado publicado em sua conta no Instagram.
A agência, que lembrou que essas pessoas foram privadas de liberdade "por sua participação nos atos de violência e incitação ao ódio após o dia das eleições de 28 de julho de 2024", enfatizou que essa medida faz parte dos esforços "permanentes" do presidente venezuelano para "garantir o respeito irrestrito aos direitos humanos".
Nesse sentido, ele ressaltou que sua decisão afeta "até mesmo" aqueles que, "sendo vítimas de manipulação política e midiática, atentaram contra a soberania, a estabilidade institucional e a coexistência pacífica".
Além disso, enfatizou que ela vem em um contexto "marcado pelo cerco imperialista e agressões multilaterais contra o país", aludindo às crescentes tensões com a administração de Donald Trump, incluindo ataques a supostos traficantes de drogas, sua intenção anunciada de intervir no território venezuelano e a interceptação de petroleiros sancionados que entram e saem da costa venezuelana.
Assim, ele afirmou que "mesmo" nessa situação, "o Estado venezuelano garante a todas as pessoas privadas de liberdade um tratamento baseado no respeito, na legalidade e na atenção integral". "O governo bolivariano continuará trabalhando com firmeza e responsabilidade pela paz, pela justiça e pela defesa da soberania nacional", assegurou.
Caracas respondeu aos anúncios de várias ONGs venezuelanas, incluindo Justiça, Encontro e Perdão, o Comitê de Mães em Defesa da Verdade e o Comitê pela Liberdade dos Presos Políticos (CLPP), que apontaram a libertação de entre 60 e 75 cidadãos.
Atualmente, de acordo com o Foro Penal, 902 pessoas estão detidas por motivos políticos na Venezuela e 62 estão em condição de desaparecimento forçado.
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