MADRID 6 jun. (EUROPA PRESS) -
O governo venezuelano expressou sua "profunda surpresa" com a ameaça "furiosa" de Trinidad e Tobago de usar "força letal" contra seus navios, depois que Caracas denunciou a detenção de "criminosos" desse país.
O Ministério das Relações Exteriores questionou na sexta-feira a "reação irada" da primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, que no dia anterior não apenas ameaçou atacar as embarcações, mas recomendou que os migrantes venezuelanos retornassem ao seu país.
"A Venezuela capturou criminosos de origem trinidadiana", diz a nota emitida por Caracas, para quem "o adequado nesta grave situação" seria "oferecer cooperação e disposição para esclarecer os fatos".
Nesse sentido, a Venezuela advertiu que essa reação é ao mesmo tempo "suspeita" e sugeriu que poderia haver alguma "cumplicidade" das autoridades de Trinidad e Tobago com essas supostas ações contra o governo do presidente Nicolás Maduro que "comprometem as boas relações".
Persad-Bissessar disse isso na quinta-feira, depois que o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, informou esta semana a prisão de um cidadão de Trinidad e Tobago que fazia parte de um grupo "terrorista", ao qual o presidente Maduro também se referiu.
"A Venezuela insta as autoridades de Trinidad e Tobago a não jogar jogos geopolíticos alheios aos interesses de nossos povos", disse a declaração, lembrando que "qualquer preocupação legítima deve ser canalizada através de canais diplomáticos, não através de ameaças e declarações infundadas".
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