Publicado 10/12/2025 23:10

A Venezuela chama a apreensão de um navio petroleiro pelos EUA de "um ato de pirataria internacional".

Archivo - Arquivo - 30 de outubro de 2024: Outubro de 2024.  Um navio petroleiro pode ser visto na baía de Puerto Cabello, no estado de Carabobo. Foto: Juan Carlos Hernandez
Europa Press/Contacto/Juan Carlos Hernandez

MADRID 11 dez. (EUROPA PRESS) -

O governo venezuelano denunciou nesta quarta-feira a apreensão de um petroleiro em sua costa pelos Estados Unidos como um "roubo flagrante e um ato de pirataria internacional", em uma situação marcada por tensões entre Washington e Caracas e que o governo de Nicolás Maduro atribuiu à suposta intenção da administração de Donald Trump de assumir o controle da "riqueza natural" do país latino-americano.

"A República Bolivariana da Venezuela denuncia e repudia energicamente o que constitui um roubo flagrante e um ato de pirataria internacional, anunciado publicamente pelo presidente dos Estados Unidos, que confessou o assalto a um petroleiro no Mar do Caribe", denunciou Caracas em um comunicado divulgado pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil.

A Venezuela assegurou, assim, que "a política de agressão" empreendida pela Casa Branca "responde a um plano deliberado para saquear nossa riqueza energética", que as autoridades venezuelanas acrescentam "ao roubo da Citgo (...) por meio de mecanismos judiciais fraudulentos", em referência à aprovação nos Estados Unidos da venda de ações da empresa controladora da estatal petrolífera venezuelana há menos de duas semanas.

"As verdadeiras razões para a prolongada agressão contra a Venezuela foram finalmente expostas. Não se trata de migração. Não é o tráfico de drogas. Não é a democracia. Não se trata de direitos humanos. Sempre se tratou de nossa riqueza natural, nosso petróleo, nossa energia, os recursos que pertencem exclusivamente ao povo venezuelano", disse ele.

Caracas também declarou que "esse ato de pirataria busca distrair a atenção e encobrir o fracasso retumbante" da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, que só conseguiu chegar a Oslo (Noruega) nas últimas horas e não pôde receber o prêmio pessoalmente, recebido em seu nome por sua filha Ana Corina Sosa.

O governo de Maduro, que instou a comunidade internacional a "rejeitar essa agressão vândala, ilegal e sem precedentes", enfatizou que "recorrerá a todos os órgãos internacionais existentes para denunciar esse grave crime internacional e defenderá com absoluta determinação sua soberania, seus recursos naturais e sua dignidade nacional".

A Venezuela reagiu dessa forma ao anúncio de Donald Trump sobre a apreensão de um navio petroleiro em sua costa. A ação foi defendida pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que disse que a embarcação, sancionada por Washington "há vários anos", é usada para transportar petróleo sancionado da Venezuela para o Irã, uma atividade que justificou a operação na qual o FBI, a Segurança Interna e a Guarda Costeira intervieram com o apoio do Pentágono.

Essa confirmação ocorre apenas um dia depois que o presidente advertiu seu colega venezuelano de que seus "dias estão contados", reiterando que os ataques contra supostos traficantes de drogas nas águas da região - 22 operações com pelo menos 86 mortes - "em breve" também serão realizados em terra.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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