Publicado 02/11/2025 06:54

UNRWA adverte que a violência israelense na Cisjordânia durante o mês de outubro está se aproximando de níveis recordes

O exército israelense anuncia medidas disciplinares para o pessoal militar envolvido no roubo de azeitonas, um dos pilares da economia palestina.

Archivo - Arquivo - 11 de agosto de 2025, Nablus, Cisjordânia, Palestina: Soldados israelenses são vistos apontando suas armas durante um ataque ao campo de refugiados de Balata. A violência na cidade ocupada por Israel desde 1967 aumentou durante a guerr
Europa Press/Contacto/Nasser Ishtayeh - Arquivo

MADRID, 2 nov. (EUROPA PRESS) -

A onda de violência desencadeada por colonos israelenses contra fazendeiros da Cisjordânia fez com que outubro de 2025 estivesse a caminho de se tornar o mês mais violento desde que a UNRWA começou a investigar ataques coloniais em 2013, segundo a agência de refugiados da ONU em sua última avaliação da segurança nos territórios palestinos.

A UNRWA estima que, somente em outubro, os colonos destruíram cerca de 3.000 oliveiras, essenciais para a deterioração da economia palestina. Deve-se lembrar, a esse respeito, que a comissão palestina encarregada de coletar dados sobre a violência israelense na Cisjordânia, a Comissão para o Muro e os Assentamentos, estimou que desde agosto, início da temporada de colheita da azeitona, os colonos lançaram 141 ataques e que o exército realizou outros 14 ataques contra agricultores ou contra fazendas de oliveiras na região.

A crise gerada pelos ataques israelenses na Cisjordânia voltou a ganhar visibilidade com o cessar-fogo em Gaza e a aprovação no parlamento israelense da primeira leitura de uma proposta para completar a anexação ilegal do território, uma circunstância que nem sequer é contemplada pelos Estados Unidos, o grande aliado de Israel.

No total, desde agosto, os colonos e o exército foram responsáveis pela destruição e danos a um total de 48.728 árvores, incluindo 37.237 oliveiras, de acordo com a comissão, em seu relatório publicado na semana passada pela agência de notícias oficial WAFA.

A colheita anual de azeitonas é o principal meio de subsistência para dezenas de milhares de palestinos", lembra o diretor de assuntos da UNRWA para a Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, Roland Friedrich, "e as oliveiras estão profundamente enraizadas na herança e na identidade palestinas".

"Os ataques à colheita da azeitona ameaçam a subsistência de muitos palestinos e aprofundam ainda mais o clima de repressão na Cisjordânia ocupada, e as famílias devem ter acesso irrestrito às suas terras para colher suas azeitonas em segurança", concluiu.

MILITARES ISRAELENSES SOB INVESTIGAÇÃO

O comportamento abusivo dos militares israelenses foi reconhecido pelo próprio exército, que no domingo anunciou medidas disciplinares contra um grupo de soldados que foram filmados roubando azeitonas de um olival na cidade de Sinjil, na Cisjordânia, perto de Ramallah.

Após receber a denúncia, as Forças de Defesa de Israel (IDF), a Polícia de Fronteira e a Polícia de Israel chegaram ao local e começaram a dispersar todos os envolvidos. Para esse fim, foi imposta uma ordem de fechamento da zona militar na área", disse o exército em resposta a uma consulta.

A IDF alega que a "conduta das forças" vistas roubando as azeitonas "não está de acordo com os valores da IDF", de acordo com uma declaração militar relatada pelo Times of Israel. "O incidente será investigado e as medidas disciplinares apropriadas serão tomadas", disse a declaração.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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