MADRID 14 abr. (EUROPA PRESS) -
A Universidade de Harvard anunciou na segunda-feira que está rejeitando as mudanças de política exigidas pela Casa Branca em uma carta enviada na semana passada, o que poderia significar a perda de quase 9.000 milhões de dólares (euros) em financiamento federal.
"Informamos à Administração, por meio de nosso representante legal, que não aceitamos o acordo proposto", disse o presidente da Universidade de Harvard, Alan M. Garber, em um comunicado oficial. "A Universidade não abrirá mão de sua independência ou de seus direitos constitucionais", acrescentou, de acordo com a CNN.
Na semana passada, a prestigiosa universidade recebeu uma carta com uma série de modificações para "manter o relacionamento econômico de Harvard com o governo federal".
O governo Trump enviou cartas a muitas universidades do país ameaçando cortes de financiamento se as mudanças não fossem implementadas. A rejeição de Harvard é a primeira de uma universidade de elite.
Entre as exigências estão a eliminação de programas de diversidade, equidade e inclusão, a proibição de máscaras em manifestações no campus, mudanças nas políticas de contratação e admissão e a limitação daqueles "mais envolvidos em ativismo do que em ensino".
O governo federal defende essas medidas para "combater o antissemitismo", que ele vincula às manifestações e bloqueios maciços em 2024, protestando contra a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza.
"O presidente Trump está trabalhando para tornar o ensino superior grande novamente, acabando com o antissemitismo desenfreado e garantindo que os dólares dos contribuintes federais não financiem o apoio de Harvard à discriminação racial perigosa ou à violência política", disse um porta-voz da Casa Branca, segundo a CNN. "Nem Harvard nem qualquer outra instituição que viole o Título VI é, por lei, inelegível para financiamento federal", acrescentou.
Em sua declaração, o presidente de Harvard adverte que a maioria das mudanças exigidas "envolve intervenção direta do governo nas condições intelectuais" da universidade.
"Nenhum governo, seja de que partido for, deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem elas podem matricular ou contratar, ou quais campos de estudo ou pesquisa devem abordar", argumentou Garber.
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