A OMS diz que já existe um sistema para impedir que agentes armados se apropriem da ajuda humanitária
MADRID, 9 maio (EUROPA PRESS) -
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) insistiu nesta sexta-feira que o novo plano humanitário concebido pelas autoridades israelenses e pelos Estados Unidos para a Faixa de Gaza representa uma escolha "impossível" para a população palestina, forçada a decidir entre "deslocamento e morte", e mal cobre as necessidades básicas de uma população que será forçada a arriscar suas vidas em áreas militarizadas para conseguir comida.
O plano, do qual apenas alguns aspectos são conhecidos, prevê a abertura de centros de distribuição guardados por empreiteiros de segurança privada e cercados por militares israelenses. A UNICEF diz que Israel planeja trazer 60 caminhões de ajuda humanitária por dia, apenas um décimo do que estava chegando durante o último cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
O porta-voz do UNICEF, James Elder, insistiu, assim como colegas de outras agências da ONU em dias anteriores, que esse plano não apenas viola os princípios humanitários básicos, mas parece ser uma ferramenta que usa alimentos como "tática de pressão", lembrando o perigo de "pedir aos civis que entrem em áreas militarizadas para coletar ajuda humanitária, que nunca deve ser usada como moeda de troca".
Os 60 caminhões por dia "não são nem de longe suficientes para atender às necessidades de mais de um milhão de crianças, mais de dois milhões de pessoas", de acordo com Elder, para quem a alternativa é muito fácil: "Levante o bloqueio", ele pediu a Israel, "deixe a ajuda entrar e salve vidas".
Embora o embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, tenha defendido na sexta-feira que o plano tinha como objetivo impedir que as milícias palestinas do Hamas sequestrassem a ajuda, a Organização Mundial da Saúde (OMS) insistiu que um sistema de entrega "de ponta a ponta" está em vigor, nas palavras de sua porta-voz, Dra. Margaret Harris.
"Nossos suprimentos sempre chegaram às instalações médicas que deveriam chegar. Não é que haja problemas no sistema de entrega de ajuda a Gaza. O problema é que eles não estão permitindo a entrada da ajuda", acrescentou ela.
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