MADRID 20 jun. (EUROPA PRESS) -
Advogados e parentes de 238 venezuelanos presos no Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT) em El Salvador informaram nesta quinta-feira sua intenção de processar o governo do presidente Nayib Bukele perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) por sua responsabilidade na violação dos direitos humanos dos detentos, que não têm nenhuma acusação criminal no país centro-americano.
"Vamos denunciar o governo de Nayib Bukele por crimes contra a humanidade contra os venezuelanos que foram deportados de forma injusta, ilegal e arbitrária para El Salvador pelo regime do (presidente dos EUA, Donald) Trump. Há uma responsabilidade compartilhada do governo americano e do governo salvadorenho", disse o presidente da Fundação Amparo Internacional, Walter Márquez, em declarações relatadas pelo portal de notícias elsalvador.com.
A organização humanitária, com sede no estado venezuelano de Táchira, esgotou os canais judiciais em El Salvador e, portanto, decidiu denunciar seu governo perante o TPI e o estado salvadorenho perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
O líder da fundação denunciou o fato de que não houve resposta a nenhum dos habeas corpus apresentados em vários casos, alguns dos quais estão pendentes há mais de dois meses.
Em abril, a ONG Human Rights Watch acusou os governos dos Estados Unidos e de El Salvador de "detenções arbitrárias" e atos de "desaparecimento forçado" contra 238 venezuelanos transferidos para o CECOT, uma prisão conhecida por suas "condições abusivas".
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