SANTA CRUZ DE TENERIFE 15 abr. (EUROPA PRESS) -
A Polícia Nacional realizou uma operação no início de março, focada na luta contra a facilitação da imigração irregular e o tráfico de pessoas, que culminou com a prisão de um homem de 55 anos de idade, de nacionalidade espanhola, pelos supostos crimes de facilitação da imigração irregular, tráfico de pessoas e lesões corporais após deter uma jovem etíope em um barco a vela.
A operação começou quando a jovem conseguiu escapar do veleiro e pedir ajuda após atracar inesperadamente no porto de Los Gigantes, no município de Santiago del Teide.
A vítima, que estava sem documentos e em estado de vulnerabilidade, relatou à polícia local que havia sido mantida a bordo de um veleiro contra sua vontade e forçada a fazer trabalho não remunerado, além de ter sofrido supostas agressões físicas e sexuais, de acordo com a Polícia Nacional em uma nota.
De acordo com as investigações, a jovem havia fugido de um conflito armado na Etiópia até cair nas mãos de uma organização criminosa dedicada ao tráfico de pessoas.
Assim, após uma viagem migratória que a levou de seu país natal até a Mauritânia, ela foi posteriormente transferida para o arquipélago de Cabo Verde, de onde foi levada a bordo do veleiro sob a custódia do detento - com antecedentes por tráfico de drogas - que supostamente se aproveitou de sua situação para explorá-la para trabalhar durante a travessia.
Após o início da investigação, foi reconstituído o itinerário do suspeito, que tentou fugir das autoridades escondendo-se em enseadas pouco movimentadas ao longo da costa de Tenerife, a caminho do Caribe.
No entanto, ele naufragou na praia de El Socorro (Güímar) e, devido à cobertura da mídia sobre o incidente, foi preso em Santa Cruz de Tenerife e levado aos tribunais.
A vítima foi encaminhada, como vítima de tráfico de pessoas e facilitação de imigração irregular, à rede de assistência do Ministério da Inclusão, Seguridade Social e Migração, onde está recebendo atendimento especializado para sua recuperação e proteção.
A Polícia Nacional continua suas investigações para identificar outras pessoas que possam estar envolvidas nesse esquema.
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