Publicado 31/10/2025 03:56

Um grupo de governadores de direita do Rio de Janeiro defende a operação policial que deixou 120 mortos.

29 de outubro de 2025, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil: Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Operação de Contenção/Demonstração/CV/Alemao/Penha - Moradores protestam contra mortes na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha. Os moradores do com
Europa Press/Contacto/Saulo Angelo

MADRID 31 out. (EUROPA PRESS) -

Um grupo de governadores brasileiros de direita se reuniu nesta quinta-feira no Rio de Janeiro para mostrar seu apoio a seu homólogo nesse estado, Cláudio Castro, e defender suas ações na operação policial em duas áreas de favelas na zona norte do Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 pessoas mortas.

Na reunião, o próprio Castro defendeu a operação policial, expressando sua esperança de que o Rio se torne um cenário que comprove como recuperar territórios "ocupados" pelo crime e controlar a proliferação de armas. "Acima de tudo, combater essas armas, que não podem proliferar em nenhuma cidade do país", disse ele, antes de afirmar que nenhuma pessoa sobreviveria "mais de 20 ou 30 segundos" portando "um fuzil em uma cidade como Paris, Londres, Barcelona ou Frankfurt".

Na mesma linha, o governador de São Paulo e uma das principais figuras da oposição, Tarcísio de Freitas, disse que "o estado do Rio de Janeiro agiu muito bem, fez a diferença" e "deu um grande show", de acordo com o jornal 'Folha'.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, também elogiou a operação "histórica", assim como o governador de Minas Gerais, Zema, que a descreveu como "extremamente bem-sucedida". Mello, do Partido Liberal, e Zema, do Partido Novo, foram acompanhados por seus colegas do estado de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, dos partidos União Brasil e Progresistas, respectivamente. A vice-governadora de Brasília, Celina Leão, do Partido Liberal, também participou da reunião.

Os líderes repetiram suas críticas ao chefe do governo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. "Temos um presidente que vai ao exterior para organizar a paz na Ucrânia, mas deixa pessoas morrerem aqui", disse o governador de Minas Gerais sobre o presidente, que chegou ao Brasil na mesma noite de terça-feira em que ocorreu a operação, depois de uma turnê pela Ásia em que se encontrou, entre outros, com seu homólogo norte-americano, Donald Trump.

Na mesma linha, Caiado argumentou que a Bahia, governada durante anos pelo PT de Lula, detém o recorde de violência policial, embora tenha associado posturas permissivas em relação ao crime organizado a governos de esquerda, com os quais traçou uma "linha divisória moral". "Quem quiser seriedade, respeito à lei e à ordem, fique conosco. Se quiserem Lula ou (o presidente venezuelano Nicolás) Maduro, que fiquem com eles", disse ele.

O grupo de governadores criticou a tentativa da Presidência da República de acelerar a tramitação da proposta de emenda constitucional sobre segurança pública no Congresso Nacional, uma medida que o governador de Goiás classificou como falsa. "Tudo o que está contido na proposta de emenda constitucional já está contemplado na legislação ordinária", enfatizou, acusando o governo federal de querer "eliminar" os poderes da segurança pública "que correspondem aos governadores, conforme estipulado na Constituição de 1988".

ANUNCIADO UM "CONSÓRCIO DE PAZ" CONTRA O CRIME ORGANIZADO

"Estamos aqui com uma resposta clara em nível estadual, que será, de acordo com nosso publicitário Jorginho (Mello), o 'Consórcio da Paz'", declarou o governador do Rio em uma coletiva de imprensa conjunta no Palácio Guanabara, sede do estado do Rio de Janeiro. O objetivo, garantiu Castro, é "compartilhar experiências e ações para combater o crime e alcançar a libertação" do povo brasileiro.

Por sua vez, Mello, o impulsionador da reunião, disse que o grupo espera que os 27 estados brasileiros se unam ao Consórcio. "Vamos trocar recursos humanos, comprar equipamentos em conjunto para reduzir os preços e trocar informações e inteligência policial", disse ele.

De acordo com o último relatório do governo do Rio de Janeiro, 121 pessoas, incluindo quatro policiais, foram mortas durante a operação contra o Comando Vermelho nos bairros da Penha e Alemão, já considerada a mais mortal da história do estado.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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