MADRID 19 nov. (EUROPA PRESS) -
A ONG Physicians for Human Rights Israel (PHRI) denunciou nesta terça-feira que pelo menos 94 palestinos morreram em prisões israelenses nos últimos dois anos.
O número de vítimas, em seu último relatório, inclui 68 palestinos da Faixa de Gaza, enquanto os 26 restantes são da Cisjordânia ou tinham cidadania israelense.
A organização alertou, no entanto, que o número real de palestinos mortos sob custódia israelense "pode ser significativamente maior, especialmente entre os detentos de Gaza". "As descobertas também corroboram as sérias preocupações" a esse respeito, acrescentou.
Os detentos morreram sob custódia devido à violência física, negligência médica ou ambos, segundo o grupo, sendo que a última foi a causa de seis em cada dez mortes. Pelo menos um caso de desnutrição grave não tratada também foi identificado.
A PHRI, que concentra seu relatório em detentos que Israel classifica como "prisioneiros de segurança", disse que entre outubro de 2023 e o final de setembro de 2024, 25 pessoas classificadas como "prisioneiros criminosos", incluindo nove palestinos, morreram sob a custódia das autoridades israelenses.
O relatório de 28 páginas baseia-se em registros e dados oficiais israelenses obtidos por meio de solicitações de acesso à informação, posteriormente cruzados pela ONG com relatórios forenses, entrevistas com familiares e advogados das vítimas, testemunhos de outros palestinos presos, bem como informações publicadas por outros grupos de direitos humanos e investigações realizadas por indivíduos para localizar detentos específicos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi questionado sobre o assunto e reiterou sua "preocupação com os detentos palestinos e a necessidade de proteger seus direitos fundamentais e sua dignidade". "Esse relatório é mais um exemplo da necessidade de garantir que as condições de todos os detentos sejam respeitadas", disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
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