Publicado 26/03/2025 15:57

Um comitê da Assembleia Nacional Francesa aprova uma modificação na definição criminal de estupro.

Archivo - Arquivo - 23 de novembro de 2024, Paris, França: Um cartaz que diz "Sick of violations" (Doente de violações) e tem uma ilustração de Gisèle Pelicot, vítima do processo de Mazan, visto em meio à manifestação contra a violência sexual e de gênero
Europa Press/Contacto/Telmo Pinto - Archivo

MADRID 26 mar. (EUROPA PRESS) -

Um comitê da Assembleia Nacional Francesa aprovou na quarta-feira um projeto de lei para modificar a definição criminal de estupro e agressão sexual, com foco na falta de consentimento, na esteira do caso Pelicot, que chocou o país.

O texto adotado pela comissão de leis - apresentado conjuntamente pela ambientalista Marie-Charlotte Garin e pela macronista Véronique Riotton - será examinado pela Assembleia Nacional na próxima semana e faz parte da narrativa de mudança de uma "cultura do estupro para uma cultura do consentimento".

"A interpretação ampla dos elementos (violência, coerção, ameaça, surpresa) pelos juízes não permite que um grande número de casos seja coberto: choque, situações de controle e coerção, estratégias desenvolvidas por certos agressores para explorar a vulnerabilidade das vítimas", diz o documento.

O projeto de lei também enfatiza que os crimes sexuais não diminuíram e "persiste um clima de impunidade". "A nova definição de estupro deve especificar que o consentimento deve ser dado livremente, específico e pode ser retirado antes ou durante o ato sexual", ressalta, com ênfase especial no fato de que o silêncio não implica consentimento.

Isso ocorre após a condenação a 20 anos de prisão de Dominique Pelicot, o homem acusado de drogar sua esposa por pelo menos dez anos para que dezenas de indivíduos pudessem estuprá-la em sua própria casa, um caso que abalou não apenas a França, mas também o resto da comunidade internacional.

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