MADRID 17 nov. (EUROPA PRESS) -
A última proposta apresentada pelo Ministério das Finanças às comunidades autônomas para reformar o sistema de financiamento foi produzida na legislatura anterior, há quatro anos, e acabou não indo adiante. O que foi proposto foi um novo modelo baseado no critério de população ajustada, com variáveis que estavam sendo solicitadas pelas regiões "subfinanciadas": Valência, Andaluzia, Múrcia e Castela-La Mancha.
A Ministra da Fazenda, María Jesús Montero, disse às comunidades autônomas na segunda-feira que pretende apresentar um novo modelo de financiamento nos próximos dois meses, embora nenhum detalhe tenha sido especificado ainda, apenas que ele combinará multilateralismo e bilateralidade.
No entanto, o governo central já apresentou às regiões uma proposta para reformar o sistema de financiamento, embora essa abordagem não tenha ido adiante. Agora resta saber se o Tesouro trabalhará no texto que apresentou às regiões ou se tem outro cenário em mente.
De acordo com as comunidades autônomas e o próprio governo, parece que há mudanças significativas no novo modelo de financiamento regional no qual o governo está trabalhando atualmente.
De fato, o governo central planeja eliminar os pagamentos por conta nos próximos anos, que é a principal fonte do atual sistema de financiamento. Esse novo modelo também terá que incluir a singularidade catalã com a qual o governo central e o governo de Salvador Illa concordaram.
CRITÉRIOS DIFERENTES
O debate sobre o modelo de financiamento regional sempre provocou diferentes pontos de vista territoriais, com algumas comunidades pedindo que a dispersão territorial seja levada em conta, enquanto outras são a favor da população ajustada ou do Produto Interno Bruto (PIB).
Há também as comunidades comumente conhecidas como "infrafinancidas", que há vários anos vêm solicitando ao governo central a criação de um fundo de equalização transitório enquanto o modelo de financiamento regional está sendo reformado.
De qualquer forma, o governo insiste que um acordo sobre o modelo de financiamento regional deve envolver um consenso entre os dois principais partidos nacionais, o que significa que o PSOE e o PP devem chegar a um acordo.
Por esse motivo, o Executivo está pedindo à liderança nacional do PP que chegue a um consenso sobre uma posição para a negociação desse modelo, levando em conta que seus diferentes "barões" territoriais estão exigindo critérios diferentes.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático