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BRUXELAS 15 dez. (EUROPA PRESS) -
A União Europeia (UE) aprovou nesta segunda-feira sanções contra o ex-presidente do Haiti Michel Martelly e outros dois políticos haitianos por patrocinarem gangues envolvidas na escalada da violência e em graves violações dos direitos humanos no país.
A nova rodada de sanções afeta Martelly e dois políticos aliados, responsáveis por armar e financiar várias gangues criminosas para promover sua agenda política, defender seus interesses pessoais e econômicos e controlar o território.
Especificamente, a UE destaca o ex-presidente e um ex-assessor por apoiarem a Base 257, um grupo que ele ajudou a formar, mas também outras gangues influentes, como Village de Dieu, Ti Bois e Grand Ravine. Ele ajudou esses grupos a se armarem e se financiarem e, portanto, o bloco da UE o considera responsável pelos abusos cometidos pelas gangues, que desestabilizaram o país caribenho.
O outro político sancionado é Rony Celestin, que a UE acusa de violência ligada a grupos armados, incluindo o assassinato da jornalista Néhémie Joseph, que denunciou suas atividades ilegais e corrupção.
A UE acrescenta à sua "lista negra" a gangue criminosa 5 Segond, considerada um poderoso grupo criminoso com sede em Porto Príncipe, ao qual a UE atribui roubos, estupros, sequestros, assassinatos, pirataria, extorsão, obstrução de ajuda humanitária e tráfico de armas e drogas.
Como é de praxe nas sanções europeias, os indivíduos sancionados estão sujeitos a um congelamento de bens e são proibidos de viajar para a UE.
Gangues armadas mergulharam o Haiti na violência, além de influenciar todos os aspectos da política do país, depois de assassinarem o então presidente, Jovenel Moise, em 2021. Em 2024, as gangues atacaram o aeroporto internacional de Porto Príncipe, fechando-o por semanas e impedindo o primeiro-ministro Ariel Henry de retornar ao país.
A instabilidade também exacerbou a crise humanitária na ilha, com mais de 1,4 milhão de pessoas deslocadas internamente pela onda de violência.
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