Publicado 14/04/2025 04:00

UE pede maior pressão sobre Moscou após "crimes de guerra" russos em Sumi

A Alta Representante Kaja Kallas, falando antes do Conselho de Relações Exteriores.
ALEXANDROS MICHAILIDIS / CONSEJO DE LA UE

BRUXELAS 14 abr. (EUROPA PRESS) -

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia pediram nesta segunda-feira que se redobre o fornecimento de armas à Ucrânia e se aumente a pressão sobre a Rússia por causa dos "crimes de guerra" em Sumi, após um ataque aéreo russo que deixou pelo menos 32 pessoas mortas, incluindo duas crianças, e 99 feridas.

"Cada Estado membro está dando o que pode dar, mas acho que a mensagem é muito clara. Precisamos fazer mais para que a Ucrânia possa se defender e para que os civis não tenham que morrer", disse a Alta Representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, ao chegar à reunião do Conselho de Relações Exteriores em Luxemburgo.

Nesse sentido, a ex-primeira-ministra da Estônia exigiu "pressão máxima" sobre a Rússia, enfatizando que Moscou busca continuar a guerra e está fugindo do cessar-fogo proposto por Kiev há um mês. "Vemos que a Rússia realmente quer a guerra e todos aqueles que querem que a matança pare devem exercer pressão máxima sobre a Rússia", disse ela.

Falando antes da reunião, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, disse que o ataque a Sumi foi um sinal do desprezo do presidente russo Vladimir Putin pela população ucraniana e pelas leis da guerra. "Isso também mostra suas reais intenções e, embora a Ucrânia esteja aceitando um cessar-fogo há mais de um mês, está claro que Putin não tem intenção de avançar nessa direção", reprovou.

Portanto, Barrot pediu que a UE e os Estados Unidos "forçassem" o líder russo a se sentar e negociar, exercendo maior pressão sobre a Rússia para que aceite um cessar-fogo. Ele pediu sanções "mais duras" que "sufocariam" a economia russa e torpedeariam seu esforço de guerra, uma iniciativa na qual ele acredita que Washington também deve tomar medidas.

Do lado lituano, o ministro das Relações Exteriores, Kestutis Budrys, denunciou o ataque "bárbaro e drástico" com mísseis balísticos carregados com munição de fragmentação contra civis em Sumi. "Isso é um crime de guerra por definição", condenou.

Ele disse que o ataque representou uma "humilhação" dos esforços diplomáticos para acabar com o conflito e pediu que a UE tomasse medidas contra a Rússia, começando com uma nova rodada de sanções e medidas práticas para a adesão de Kiev ao bloco.

A ministra das Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, acusou a Rússia de atacar "deliberadamente" civis em Sumi no domingo. "Ela demonstra total desconsideração pelos esforços de paz e tem zero consideração pela vida humana", disse ela, observando que os 27 devem manter o curso e impor novas sanções, bem como apoiar a Ucrânia com mais equipamentos militares e munição.

De acordo com Valtonen, a falta de progresso nas negociações entre os EUA e a Rússia "mostra ao mundo que a guerra que a Rússia começou ainda está acontecendo somente por causa da Rússia".

Na mesma linha, seu colega letão, Baiba Braze, pediu contatos com os EUA para evitar ataques "chocantes" como o de Sumi, insistindo que mais ajuda militar deveria ser fornecida a Kiev para repelir tais ofensivas. "A Rússia está matando civis que vão à igreja. Os russos sabem o que estão fazendo", disse ele.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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