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MADRID 31 dez. (EUROPA PRESS) -
A União Europeia voltou a exigir nesta terça-feira que o Irã liberte Narges Mohammadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, e cerca de trinta outros ativistas detidos de forma "arbitrária", uma conduta sobre a qual Bruxelas expressou sua "profunda preocupação".
"A União Europeia expressa sua profunda preocupação com o uso generalizado de detenções arbitrárias pelas autoridades iranianas para suprimir vozes críticas no país", diz a declaração da Alta Representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, que alertou para uma "violação das obrigações do Irã sob o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos".
Nesse sentido, Bruxelas pediu a Teerã que "liberte todas as pessoas injustamente detidas por exercerem seus direitos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e de reunião".
Em particular, aludiu à ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Mohammadi, apelando para seu estado de saúde "delicado" e insistindo em sua libertação, bem como a de outros "defensores dos direitos humanos presos em 12 de dezembro em Mashhad", referindo-se ao evento em memória do advogado dissidente Josrou Alikordi, morto uma semana antes, que resultou na prisão de 39 pessoas por "perturbação da ordem pública", de acordo com o Ministério Público da cidade.
Na época, de acordo com a Anistia Internacional, as forças de segurança iranianas infligiram tortura e outros maus-tratos durante as prisões, incluindo espancamentos violentos a Mohammadi, cuja família confirmou que ele teve de ser hospitalizado em até duas ocasiões por esse motivo.
A ativista, que passou a maior parte dos últimos 20 anos de sua vida atrás das grades, sofreu vários ataques cardíacos e foi submetida a uma cirurgia de emergência em 2022. Mohammadi foi condenada até cinco vezes por uma sentença total de 31 anos de prisão, principalmente por seu papel nos protestos contra o rigoroso código de vestimenta do Irã.
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