Von der Leyen insiste no parecer positivo de Bruxelas e enfatiza que "a bola agora está no campo do Conselho".
BRUXELAS, 4 jul. (EUROPA PRESS) -
A União Europeia argumentou que chegou a hora de acelerar o processo de adesão da Moldávia ao bloco e abrir negociações sobre os primeiros capítulos, no âmbito da primeira cúpula bilateral que encenou o apoio europeu ao país em meio ao seu processo de integração, enquanto sofre as consequências da guerra na Ucrânia e é alvo de manobras de interferência da Rússia.
"Agora é o momento de acelerar nosso trabalho e dar o próximo passo rumo à adesão", disse o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, em uma coletiva de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente da Moldávia, Maia Sandu, em Chisinau.
O ex-primeiro-ministro português insistiu no parecer positivo de Bruxelas para a abertura de negociações sobre os capítulos, tendo em vista o apoio recebido também dos líderes da UE na última cúpula, um passo que, de qualquer forma, permanece pendente do veto da Hungria à Ucrânia, um candidato com o qual Chisinau tem andado de mãos dadas desde que formalizou sua demanda para ingressar na UE junto com Kiev.
Costa indicou que o processo é "longo, leva tempo e requer um trabalho muito árduo", embora ele tenha ressaltado que é necessário ser "otimista" de que "mais cedo ou mais tarde" a UE abrirá negociações com Chisinau sobre os primeiros capítulos.
Ele disse que a adesão "não é um exercício de preenchimento de formulários" e, portanto, valorizou os esforços de reforma "sustentáveis" que trazem "resultados tangíveis" para o povo moldavo. "Eles abrem novas oportunidades para seus cidadãos e os benefícios da estreita cooperação da Moldávia com a UE já são visíveis no local e na vida cotidiana das pessoas", disse ele.
Von der Leyen destacou a opinião positiva do executivo da UE de que a Moldávia está pronta para abrir o primeiro bloco de capítulos, aqueles referentes a questões fundamentais do Estado de Direito. "A bola agora está no campo do Conselho", disse ele, enfatizando sua convicção de que "será necessário apenas um pouco mais de tempo" para dar o primeiro passo em direção à abertura das negociações de adesão.
Nesse sentido, Sandu evitou falar em separar o processo de adesão da Ucrânia do da Moldávia, ressaltando que ambos os candidatos cumpriram as metas para poder abrir negociações com a UE. "É um processo baseado no mérito e obviamente esperamos encontrar uma solução o mais rápido possível para ambos os países", disse ele.
Sobre as dificuldades que a região separatista da Transnístria, em território moldavo mas sob influência russa, apresenta para a adesão à UE, o presidente moldavo reconheceu que a presença militar russa na área é um "impedimento considerável" para a reintegração da região à Moldávia e, por sua vez, para a adesão da Moldávia à Europa.
"Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para acelerar o processo, mas ao mesmo tempo não queremos que a Rússia vete nosso processo de integração à UE", reiterou o líder pró-europeu, que afirmou que Moscou não quer ver uma Moldávia fortalecida e democrática dentro da UE.
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