BRUXELAS 30 abr. (EUROPA PRESS) -
A União Europeia condenou nesta quarta-feira a violência na Síria após os confrontos entre uma milícia drusa e combatentes pró-governo nos arredores de Damasco, que deixaram pelo menos 18 pessoas mortas e que agravaram a coexistência pacífica entre os grupos étnicos sírios.
"Estamos preocupados com os incidentes na cidade de Jaramana e em outras áreas suburbanas de Damasco, que causaram várias vítimas. Nossos pensamentos estão com todas as pessoas afetadas e suas famílias", disse um porta-voz europeu à Europa Press.
Nesse sentido, ele indicou que a diplomacia europeia está em contato com as autoridades sírias por meio de sua delegação em Damasco. "Condenamos toda violência e pedimos, em particular, a proteção dos civis", acrescentou.
Esses incidentes mergulham a Síria novamente na violência interétnica depois de graves confrontos em março no oeste do país, com o massacre de cerca de 1.400 civis da minoria alauíta durante os combates contra as forças leais ao antigo regime do ex-presidente Bashar al-Assad.
De acordo com a UE, essa situação é "um claro lembrete" da necessidade de as instituições estatais cumprirem sua responsabilidade de manter a ordem e proteger a população em todo o país.
O porta-voz da UE enfatizou que a UE continua a apoiar as autoridades sírias em seus esforços "rumo à estabilidade", incluindo a tarefa de implementar a justiça transicional e os esforços de reconciliação. "A UE está pronta para apoiar a Síria nesses esforços", enfatizou.
Confrontos entre uma milícia drusa e combatentes pró-governo nos arredores da capital síria deixaram 18 pessoas mortas, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
A agência disse que os confrontos mataram nove moradores das cidades de Jaramana (leste), Sahnaya e Ashrafié Sahnaya (sudoeste), e feriram 15. Entre os mortos está o líder espiritual druso de Sahnaya, Sheikh Uajdi al Haj Ali, que levou um tiro na cabeça.
No final da terça-feira, as autoridades sírias e os dignitários de Kharamana chegaram a um acordo para acabar com as tensões, embora os confrontos tenham continuado nas últimas horas.
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