Publicado 14/12/2025 08:06

A UE comemora os 30 anos da assinatura dos Acordos de Dayton e pede que a Bósnia conclua suas reformas.

Arquivo - 10 de julho de 2025, Potocari, Bósnia e Herzegovina: Uma mulher está chorando solitária no cemitério, sozinha. Nesse local, todos os anos, nos dias 10 e 11 de julho, ocorre a comemoração das pessoas que foram mortas, com orações e cerimônias.
Europa Press/Contacto/Sebastiano Bacci

A França, anfitriã da assinatura, oferece seu total apoio às autoridades em seus esforços para ingressar na União Europeia MADRI 14 dez. (EUROPA PRESS) -

A União Europeia comemorou neste domingo a assinatura, há 30 anos, em Paris, dos Acordos de Dayton, que puseram fim à guerra na Bósnia, um país que ainda tem "desafios do passado a resolver" com a ajuda de Bruxelas, ofereceram em uníssono a Alta Representante para Assuntos Externos e Política de Segurança, Kaja Kallas, e a Comissária para o Alargamento, Marta Kos.

"Os Acordos de Paz de Dayton puseram fim a um dos capítulos mais sombrios da Europa e consolidaram uma paz que dura até hoje", afirmaram os dois líderes da UE em seu comunicado conjunto, enquanto a crise entre o líder sérvio da Bósnia, Milorad Dodik, que desobedeceu abertamente às decisões do Alto Representante da UE, Christian Schmidt, o supervisor dos Acordos de Paz de Dayton, ainda está latente.

"Trinta anos depois, a Bósnia-Herzegóvina ainda enfrenta desafios não resolvidos do passado", afirmam Kallas e Kos, antes de aplaudir o fato de que, apesar dos "obstáculos políticos", o país "se manteve firme".

Em 21 de novembro de 1995, os presidentes da Bósnia-Herzegóvina, Alija Izetbegovic, da Croácia, Franjo Tudjman, e da Iugoslávia, Slobodan Milosevic, aprovaram o Acordo Geral de Estrutura para a Paz na Bósnia-Herzegóvina e onze anexos em uma base militar no estado americano de Ohio, na presença do Secretário de Estado dos EUA, Warren Christopher, após pressão dos bombardeios da OTAN e incentivo diplomático do governo Clinton.

No entanto, o documento foi oficialmente assinado em 14 de dezembro de 1995 em uma cerimônia no Palácio do Eliseu, em Paris, com a presença do então presidente dos EUA, Jacques Chirac, do presidente da França, Jacques Chirac, do primeiro-ministro britânico, John Mayor, do chanceler alemão, Helmut Kohl, e do primeiro-ministro russo, Viktor Chernomyrdin. O acordo entrou em vigor no mesmo dia e marcou o início definitivo da paz no país dos Bálcãs.

"Manter-se no caminho para a adesão à UE, como um país unido e soberano em uma região estável e segura, deve continuar sendo o objetivo final", afirmam, antes de conclamar todos os líderes políticos a se concentrarem "nas reformas necessárias para avançar".

A UE está pronta para garantir a paz e a estabilidade na Bósnia e Herzegovina e sua operação militar, a EUFOR Althea, "continua indispensável para esse fim". "Trinta anos depois de Dayton, a Bósnia e Herzegovina deve aproveitar a oportunidade de moldar seu futuro na UE", concluíram.

A França, anfitriã da assinatura, também comemorou o aniversário dos acordos, que "marcaram o fim de um imenso sofrimento, uma política de limpeza étnica, o mais longo cerco a Sarajevo da história moderna, os crimes sistemáticos contra a população civil e o genocídio em Srebrenica".

"Para avançar no caminho europeu, os bósnios têm seu destino em suas mãos. Cabe a eles encontrar acordos para implementar as reformas que permitirão que seu país entre para a União Europeia, já que terá adotado suas normas e padrões. Se quiserem alcançar seu futuro europeu, os líderes políticos bósnios não têm tempo a perder. Eles podem contar com o apoio da França", acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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